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CEO da Zurich diz que cibersegurança não é "segurável"

Numa altura em que têm aumentado as preocupações do setor sobre como fazer face a estes ataques, Marco Greco sugere um modelo público-privado semelhante ao que existe com os tremores de terra e ataques terroristas.

Bloomberg
27 de Dezembro de 2022 às 11:06
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Os ciberataques vão se tornar "não seguráveis" disse o CEO do grupo Zurich, a maior seguradora europeia, numa altura em que os executivos do setor têm mostrado preocupações relativamente à capacidade da indústria lidar com riscos sistémicos, como a pandemia e as alterações climáticas.

Isto numa altura em que, pelo segundo ano consecutivo, as reivindicações devido a catástrofes naturais deverão atingir 100 mil milhões de dólares.

Numa entrevista ao Financial Times, Marco Greco explicou que a cibersegurança é a sua principal preocupação. "O que vai ser não segurável vão ser [os riscos] de cibersegurança", revelou, levantando uma questão: "e se alguém conseguir tomar controlo sobre partes vitais da nossa infraestrutura, quais as consequências disso?".

O CEO do grupo Zurich acrescentou ainda que colocar o foco apenas no risco de privacidade dos indivíduos era perder o mais importante. "Primeiro, tem de existir uma perceção de que isto não são apenas dados... isto é sobre a civilização. Estas pessoas [hackers] podem perturbar seriamente as nossas vidas", completou.

O responsável afirmou ainda que existe um limite para aquilo que o setor privado pode absorver e pediu aos governos para "constituírem um esquema público-privado para lidar com riscos sistémicos de cibersegurança que não possam ser quantificados, semelhante ao que existe em algumas jurisdições para tremores de terra, ou ataques terroristas".

Ataques recentes têm causado disrupções em hospitais, encerrado oleodutos e atingido departamentos de governos. E têm gerado preocupações junto dos executivos das seguradoras que têm posto em prática medidas de emergência para limitarem a sua exposição. Ao mesmo tempo, têm aumentado os preços e ajustado as políticas para que os clientes retenham mais perdas.
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