Em resposta ao PSD, Mário Centeno descartou, novamente, responsabilidades na escolha do Santander Totta para ficar com o Banif.

"A negociação foi conduzida pela autoridade de resolução [Banco de Portugal] e a proposta do Santander foi considerada a melhor", disse o ministro das Finanças, no Plenário que debate o Orçamento Rectificativo que acomoda os custos públicos com a intervenção no Banif.

No Parlamento, Centeno afirmou que havia quatro propostas de compra pelo Banif – o conselho de administração do banco anunciou, na sexta-feira antes da resolução, que havia seis propostas para adquirir a posição de 60,5% do Estado no banco. Não foi explicada a diferença.

Apesar destas propostas, apenas duas foram levadas em conta quando a aplicação de uma medida de resolução (atribuição de custos para accionistas e detentores de dívida subordinada do Banif): a do Santander e do Popular.

A escolha do Totta, disse Mário Centeno, foi com certeza escolhida com base nos critérios de "salvaguarda da estabilidade do sistema financeiro e protecção do dinheiro dos contribuintes".

O PSD deixou várias perguntas ao governante que, na sua primeira resposta, não tiveram resposta: a salvaguarda dos postos de trabalho no Santander e no veículo. Além disso, o maior partido da oposição quer explicações sobre a repartição de custos na ajuda pública, já que 1.766 milhões de euros vão directamente do Tesouro para o Santander e 489 milhões seguem do Fundo de Resolução.