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Centeno: Novo Banco já recebeu injeção de 1.149 milhões de euros
O ministro das Finanças, Mário Centeno, disse hoje que o Novo Banco já recebeu a injeção de capital do Fundo de Resolução.
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09 de Maio de 2019 às 18:36
"Já foi feita [a injeção de capital] no princípio desta semana e está tudo a decorrer normalmente. O valor foi o valor que tínhamos projetado", afirmou Mário Centeno aos jornalistas, à margem de uma aula aberta sobre "O Euro e o futuro da Europa", em Lisboa.
Em 1 de fevereiro, na apresentação de resultados de 2018 do Novo Banco, a instituição liderada por António Ramalho confirmou que iria pedir 1.149 milhões de euros ao Fundo de Resolução.
"O Novo Banco está num processo de capitalização que decorre do acordo de venda, tem tido resultados positivos na sua atividade corrente naquilo que não é o banco mau dentro do Novo Banco", afirmou Mário Centeno, acrescentando que "não há nenhum risco que acresça a esta atividade que seja conhecido neste momento".
"Portanto, falar de qualquer outro risco também tem o seu caráter especulativo", considerou o ministro, quando questionado sobre o alerta deixado hoje pelo Conselho das Finanças Públicas para "pressões adicionais" sobre as metas do Programa de Estabilidade 2019-2023 decorrentes de apoios ao setor financeiro, nomeadamente de injeções adicionais no Novo Banco.
Em fevereiro, o banco liderado por António Ramalho indicou que "em resultado das perdas das vendas e da redução dos ativos 'legacy', o Novo Banco irá solicitar uma compensação de 1.149 milhões de euros ao abrigo do atual Mecanismo de Capital Contingente (CCA). Este montante decorre em 69% das perdas assumidas sobre os ativos incluídos no CCA e 31% devido a requisitos regulatórios de aumento de capital no quadro do ajustamento do período transitório dos rácios de capital e ao impacto do IFRS 9" (normas de contabilidade).
Em 2018, para fazer face a perdas de 2017, o Novo Banco já tinha recebido uma injeção de capital de 792 milhões de euros do Fundo de Resolução.
O Fundo de Resolução é uma entidade financiada pelas contribuições dos bancos do sistema (entre os quais o público Caixa Geral de Depósitos), mas está na esfera do Estado (conta para o défice orçamental) e é gerido pelo Banco de Portugal.