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Centeno explica polémica sobre declaração de Domingues esta tarde
O ministro das Finanças convocou uma conferência de imprensa para falar sobre a polémica em torno dos compromissos assumidos com António Domingues quando o banqueiro foi convidado para a CGD. Centeno recusa demissão pedida pela oposição.
O ministro das Finanças convocou os jornalistas para explicar a polémica sobre os compromissos assumidos com António Domingues para o banqueiro aceitar ser presidente da Caixa Geral de Depósitos, designadamente quanto à obrigação de os gestores do banco apresentarem declarações de rendimento e património no Tribunal Constitucional. Mário Centeno, que dará a conferência de imprensa às 17:30, recusa demitir-se como têm reclamado os partidos da oposição.
CDS e PSD têm acusado o ministro de ter mentido na comissão parlamentar de inquérito à gestão da Caixa, quando disse não ter assumido qualquer compromisso com Domingues para isentar os administradores da instituição de escrutínio junto do Tribunal Constitucional.
As críticas da oposição subiram de tom depois de ter sido conhecida a correspondência que o antigo presidente da CGD enviou a Mário Centeno. Nas missivas, divulgadas pelo Eco, Domingues recordava que as alterações ao Estatuto do Gestor Público aprovadas pelo Governo, que retiravam o banco das obrigações definidas neste diploma, visavam, entre outros objectivos, eliminar a obrigação de entrega das declarações de património.
Na carta divulgada pelo Eco, de 15 de Novembro, Domingues mostrava "grande surpresa" com a necessidade de apresentar as declarações de rendimento ao Tribunal Constitucional. Essa "foi uma das condições acordadas para aceitar o desafio de liderar a gestão da CGD e do mandato para convidar os restantes membros dos órgãos sociais, como de resto o Ministério das Finanças confirmou", lê-se na missiva.
O gabinete de Mário Centeno argumentou que essa carta não foi enviada à comissão de inquérito porque o ministro não lhe respondeu.
(Notícia actualizada às 17:09)