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CDS considera que saída de Carlos Costa não resolve problemas de supervisão
"Antes fosse assim tão fácil resolver os problemas da supervisão" como alterar os nomes à frente dos cargos, defendeu Cecília Meireles no debate parlamentar.
O CDS considera que o afastamento do governador Carlos Costa não resolve os problemas que existem actualmente no sector financeiro. Cecília Meireles defende que primeiro é preciso ter ideias sobre o tema, só depois faz sentido discutir os nomes.
"Primeiro as ideias, as soluções e depois a discussão das pessoas. Se estivéssemos convencidos de que bastava mudar um nome para que tudo estivesse resolvido, teríamos uma ideia mais optimista do que aquela que temos", disse Cecília Meireles esta sexta-feira, 7 de Abril, no Parlamento, que debate propostas para a supervisão do sector financeiro.
"Antes fosse assim tão fácil resolver os problemas da supervisão", continuou a deputada centrista. As palavras foram proferidas no dia em que é votado um projecto de resolução do Bloco de Esquerda em que é pedido o afastamento de Carlos Costa do cargo de governador do Banco de Portugal.
Para o CDS, há questões que são necessárias resolver, razão pela qual apresentou seis medidas para "criar uma cultura de exigência da supervisão". Um dos exemplos dessas propostas é a da realização de concursos para directores do Banco de Portugal. "Que os directores de departamentos passem a ser escolhidos de forma transparente, através de um processo concursal.
O supervisor tem de escolher os melhores e saber explicar porque escolhe quem escolhe", disse a deputada centrista esta sexta-feira. O regulador contratou recentemente, sem concurso, para director do departamento de supervisão prudencial Luís Costa Ferreira, que estava desde 2014 a trabalhar na PwC, sem concurso.
O aperto da fiscalização às auditoras faz parte de outra das medidas apresentadas pelos centristas.