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Carlos Costa e Mário Centeno explicam venda do Novo Banco no Parlamento
Ao mesmo tempo que decorre o "road-show" para a venda do Novo Banco, o Parlamento português decidiu que o governador e o ministro das Finanças têm de explicar os objectivos para a instituição financeira.
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Carlos Costa e Mário Centeno vão voltar ao Parlamento. Desta vez, vão ter de explicar aos deputados a venda do Novo Banco, depois de um requerimento feito pelo Bloco de Esquerda.
A intenção do Bloco, que contou com a aprovação dos restantes partidos de esquerda e a abstenção do PSD, é a de ouvir "com carácter de urgência" Mário Centeno e Carlos Costa "acerca do processo de alienação do Novo Banco".
A convocação foi feita a 8 de Março mas só esta quarta-feira, 22, é que o requerimento foi votado (pelo meio, esteve em discussão o Orçamento do Estado para 2016). O pedido foi realizado quando foi notícia a modalidade de venda do Novo Banco, que passa pela venda a grandes bancos espanhóis ou pela colocação em bolsa da instituição financeira, como pretende o regulador. Além disso, o objectivo é criar um "side bank", que fique com activos que não sejam centrais para o negócio bancário.
Apesar de criticar a nomeação de Sérgio Monteiro para líder do processo de venda, Mariana Mortágua não o colocou na lista de personalidades que queria que discutissem, na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, a alienação do Novo Banco.
As audições do governador do Banco de Portugal e do ministro das Finanças, ainda sem data marcada, ocorrem num momento em que estão outros dois temas em cima da mesa: a nacionalização e a espanholização da banca.
Entretanto, e pese embora as discussões, nas duas últimas semanas, esteve a decorrer um "road-show" para a aproximação do processo de venda do Novo Banco aos investidores.
Ao contrário do que aconteceu no primeiro concurso internacional (que ocorreu entre Dezembro de 2014 e Setembro de 2015), cancelado pelo Banco de Portugal por não haver propostas satisfatórias, o Fundo de Resolução (que é quem detém a posição accionista do Estado no Novo Banco) não tem disponibilizado no seu site os pormenores sobre a operação.
O Novo Banco foi a instituição que herdou os activos e passivos considerados saudáveis do BES no âmbito da aplicação da medida de resolução ao BES, a 3 de Agosto de 2014.