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Caixa regista prejuízos de 181,6 milhões de euros no semestre

A Caixa Geral de Depósitos fechou o semestre com um prejuízo de 181,6 milhões de euros, num período em que a margem financeira, o produto bancário e as comissões líquidas caíram.

Cátia Barbosa/Negócios
02 de Agosto de 2013 às 17:53
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A CGD fechou o semestre com um prejuízo de 181,6 milhões de euros, o que compara com um resultado negativo de 12,7 milhões de euros registados em igual período do ano passado, de acordo com o comunicado emitido pelo banco estatal.

 

A contribuir para este resultado esteve a quebra da margem financeira alargada em 41,7% para 468,3 milhões de euros. Bem como a redução de 0,7% das comissões líquidas do banco.

 

O banco salienta que a margem financeira continua “a ser penalizada pela forte sensibilidade do balanço da CGD à evolução das taxas de juro de curto prazo, devido ao peso ainda dominante na carteira de crédito das operações hipotecárias, quase totalmente indexadas à Euribor com spreads médios muito reduzidos.”

 

Já o produto da actividade bancária e seguradora diminuiu 27,3% para 195,3 milhões de euros.

 

As necessidades de provisões e imparidades da Caixa diminuíram este semestre em 25% para 547,18 milhões de euros.

 

Os depósitos dos clientes aumentaram em 2,2% para um total de 65,79 mil milhões de euros. Já o crédito bruto caiu 5,3 % para 77,1 mil milhões de euros. A CGD financiou 216 milhões de euros em crédito à habitação, o que corresponde a um aumento face ao mesmo período do ano passado, altura em que emprestou 195 milhões de euros, mas está longe dos montantes de financiamento dos anos “de ouro” do crédito imobiliário. Em 2009, o banco estatal emprestou 3,49 mil milhões de euros para a compra de casa.

 

Espanha leva actividade internacional a registar prejuízos

 

A actividade internacional da CGD registou um prejuízo de 54,6 milhões de euros, o que também reflecte um agravamento dos resultados quando comparado com igual período do ano passado.

 

Mas se for excluído o negócio em Espanha, onde o banco teve de assumir imparidades e provisões, o resultado da actividade internacional é positivo em 35,8 milhões de euros.

 

Rácios de solvabilidade descem mas continuam acima das exigências

 

A CGD registou, no primeiro semestre uma queda do rácio de solvabilidade. Ainda assim, os níveis dos rácios continuam acima do exigido pelo Banco de Portugal, bem como pela EBA.

 

O Core Tier One desceu de 11,7% para 11,3%, segundo as regras do Banco de Portugal, que exige um rácio de 10%. E caiu de 9,6% para 9,2%, de acordo com as regras internacionais, que exigem um rácio de 9%.

 

A dependência do banco estatal do Banco Central Europeu (BCE) foi reduzida para 4,75 mil milhões de euros, de acordo com a mesma fonte.

 

(Notícia actualizada às 18h12 com mais informação)

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