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Caixa Geral de Depósitos baixa prejuízos para 171,5 milhões de euros
O banco estatal registou em 2015 um prejuízo de 171,5 milhões de euros. Este valor representa uma redução de 176,6 milhões de euros face ao resultado negativo registado no ano anterior.
A Caixa Geral de Depósitos registou prejuízos de 171,5 milhões de euros no ano passado, o que corresponde a cerca de metade das perdas verificadas em 2014. No entanto, entre as grandes instituições financeiras que já divulgaram resultados anuais, o banco do Estado é o único com prejuízos.
A evolução dos resultados reflectiu o aumento do produto bancário, que subiu 17,5% para 2.042 mil milhões de euros, e foi possível graças ao crescimento da margem financeira e dos resultados em operações financeiras. No entanto, foi penalizada pela subida dos custos com pessoal, devido às provisões destinadas a pagar o programa de reformas antecipadas que a CGD tem em curso.
"Os custos com pessoal subiram 90,5 milhões de euros (12,4%), devido essencialmente aos efeitos do provisionamento do Plano Horizonte. Este programa definiu um conjunto de condições que permitiram que os empregados que as cumprissem pudessem candidatar-se e aderir a uma situação de pré-reforma ou de aposentação voluntária, tendo em vista promover o ajustamento do efectivo às condições do negócio e a sua racionalização de acordo com as necessidades das diferentes estruturas do banco", justifica a CGD em comunicado.
Os gastos com pessoal totalizaram 820 milhões de euros, enquanto os gastos operacionais totais subiram 4,9%, para 1.392 milhões, beneficiando da redução de 4,3% dos outros encargos administrativos e das amortizações.
Também a diminuição das imparidades para crédito malparado aliviou os resultados do banco liderado por José de Matos, caindo 34,8%, para 557 milhões. Já as provisões para outros activos aumentaram 66,7%, para 159,1 milhões de euros.
A nível de solidez, a Caixa apresentou um rácio de capital "common equity tier one", calculado com as regras actualmente em vigor, de 10,8%, uma redução face aos 11,1% verificados no final de 2014.
Em termos de actividade, o crédito a clientes ainda prosseguiu a tendência de queda, recuando cerca de 2%, para 66.178 milhões. Já os recursos de clientes no balanço aumentaram 2,3%, beneficiando, sobretudo, do crescimento dos depósitos, que avançaram 3,2%, para 72.995 milhões.
(Notícia actualizada às 17:14 com mais informação sobre os resultados)