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CGD lucra 3,4 milhões até final de Setembro

A Caixa lucrou 3,4 milhões nos primeiros nove meses do ano, uma recuperação face aos prejuízos de 232,6 milhões que teria registado há um ano sem a venda dos seguros. A margem financeira subiu, tal como os ganhos com dívida pública.

Bruno Simão/Negócios
12 de Novembro de 2015 às 18:05
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A Caixa Geral de Depósitos lucrou 3,4 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, o que representa uma melhoria de 236 milhões de euros face aos prejuízos de 232,6 milhões que o banco do Estado teria registado há um ano, excluindo a mais-valia com a venda da Caixa Seguros.

Incluindo a mais-valia obtida com essa operação, a comparação é diferente: o resultado líquido obtido nos primeiros nove meses do ano foi positivo, na ordem dos 46,3 milhões de euros, o que representa uma quebra. 

 

O banco justifica o resultado líquido de 3,4 milhões de euros entre Janeiro e Setembro com o "sólido contributo proveniente do crescimento da margem financeira alargada (mais 94,7 milhões de euros ou mais 12,1%), fruto da forte redução do custo de ‘funding’", segundo revela a instituição liderada por José de Matos em comunicado publicado esta quinta-feira, 12 de Novembro, no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. A margem financeira é a base do negócio de uma instituição financeira, que representa a diferença entre juros cobrados em créditos e juros pagos em depósitos. 

 

Verificou-se ainda "uma progressão assinalável dos resultados de operações financeiras que atingiram 329 milhões", um crescimento de 54,4% face ao final de Setembro do ano passado. Cerca de 300 milhões destes proveitos, resultantes da venda de dívida pública, foram realizados no primeiro semestre do ano, o que levou a uma diminuição dos lucros da CGD entre o final de Junho (47,1 milhões de euros) e o conjunto dos primeiros nove meses do ano.

 

Já os custos operacionais registaram uma subida de 1,6%, o que "reflecte realidades distintas nas várias geografias em que o grupo CGD está presente".

As imparidades de crédito diminuíram 15,2% para 492,7 milhões de euros. 

Em termos internacionais, as principais unidades (Macau, França, Espanha, Angola e Moçambique) apresentaram lucros.

Crédito recua, recursos sobem

 

Em termos de actividade, o crédito a clientes ainda recuou, totalizando 71,4 mil milhões, apesar da "forte progressão da nova produção em 2015", designadamente no crédito à habitação e no crédito a PME (mais 23%). Nos primeiros nove meses deste ano, o novo financiamento para a compra de casa totalizou 710,4 milhões de euros, quase duplicando face ao valor da nova produção em igual período de 2014.

 

Por seu turno, os recursos de clientes, que representam sobretudo depósitos, registaram uma subida de 1,4%, para 71 mil milhões de euros. 

 

A Caixa terminou o terceiro trimestre com um nível de solidez de 10,7%, tendo em conta as regras de cálculo do rácio actualmente em vigor. 


(Notícia actualizada às 18h45 com mais informações)

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