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Caixa sobe lucros para 776 milhões em 2019

A contribuir para estes resultados estiveram as vendas dos bancos na África do Sul e em Espanha.

Miguel Baltazar/Negócios
31 de Janeiro de 2020 às 17:12
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A Caixa Geral de Depósitos (CGD) reportou um resultado líquido de 776 milhões de euros em 2019, valor que representa uma subida de 56,5% em relação aos lucros que tinham sido alcançados no ano anterior. A contribuir para esta evolução estiveram as vendas dos bancos na África do Sul, por 215 milhões, e em Espanha, por 384 milhões.

Os resultados foram apresentados, esta sexta-feira, 31 de janeiro, pelo presidente executivo do banco público, Paulo Macedo, que deu conta de que, sem o impacto daquelas duas vendas, o resultado líquido da Caixa teria sido de 632 milhões de euros, o que, ainda assim, corresponderia a uma subida de 27% face aos lucros de 2018.

"O resultado extraordinário de 144 milhões de euros está relacionado com o processo de venda das subsidiárias internacionais, sendo, maioritariamente, decorrente da reversão de imparidades constituídas em 2017", detalha o relatório de resultados deste ano.

O banco público viu a margem financeira consolidada cair em mais de 4% para os 1.132 milhões de euros, fruto do contexto de taxas de juro em níveis historicamente baixos, bem como dos "elevados reembolsos antecipados de crédito por parte de entidades públicas", justifica a Caixa no relatório.

A compensar a quebra da margem financeira esteve a evolução positiva das comissões e dos resultados em operações financeiras, bem como a redução dos custos.

As comissões aumentaram 4,5% e totalizaram 501,9 milhões de euros. Os custos totais, incluindo os gastos com pessoal e os gastos gerais administrativos, totalizaram 965 milhões de euros, uma redução de 2%. Já os resultados em operações financeiras atingiram os 82,5 milhões de euros, um aumento de 173% face a 2018.

Feitas as contas, o produto global da atividade da Caixa cresceu mais de 7% e ultrapassou os 1.884 milhões de euros.

Quanto ao crédito, a carteira total reduziu-se em mais de 6% e fixou-se em 47.974 milhões de euros. Para esta quebra contribuíram as vendas de crédito malparado, que também levou a uma melhoria do rácio de NPL ("non performing loans", ou crédito malparado). Este rácio reduziu-se de 8,5% no final de 2018 para 4,7% em dezembro de 2019. Já o rácio de NPL líquido de imparidades é agora de 1,1%, abaixo dos 3,4% registados em 2018.

Em sentido contrário, os depósitos de clientes aumentaram em quase 5% e ascenderam a 65.710 milhões de euros.

Foram constituídas provisões e imparidades no valor de 172,5 milhões de euros, que dizem respeito a provisões relativas à redução do número de trabalhadores, a venda de outras subsidiárias internacionais (recorde-se que a Caixa tem ainda à venda os bancos no Brasil e em Cabo Verde) e garantias e outros compromissos, incluindo processos legais. O administrador José Brito referiu que estes últimos não estão relacionados com o processo lançado pela Autoridade da Concorrência contra vários bancos, incluindo a Caixa.

Em relação à solidez do banco, o rácio core equity tier 1 foi reforçado, passando de 14,6% para 16,8% no final do ano passado.

Notícia atualizada pela última vez às 17h53 com mais informação.
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