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Caixa diz que adesão à greve está acima dos 30%
Maria João Carioca defendeu a denúncia do acordo de empresa para garantir a sustentabilidade da Caixa. A administradora da CGD assegura a normalidade nas promoções que vão ser feitas em Setembro, quando começam as negociações com os sindicatos.
A Caixa Geral de Depósitos diz que a adesão à greve está na ordem dos 30%, segundo afirmou a administradora Maria João Carioca em declarações transmitidas pela RTP3.
Esperando o "funcionamento o mais normal possível", a administradora assumiu que os números oficiais da greve, coligidos internamente pela CGD, apontam para uma adesão "pouco acima dos 30%". Na prática, aponta para a paralisação de um em cada três funcionários.
"Sendo um direito que reconhecemos, esperamos que perturbe o menos possível a normalidade na Caixa", disse Maria João Carioca aos jornalistas. A CGD antecipava a possibilidade de alguns fechos de balcões, tendo em conta que há funcionários de férias.
A greve desta sexta-feira, a que aderiram dois dos quatro sindicatos representativos de trabalhadores da CGD (STEC, o mais representativo, e Sintaf, ligado à CGTP), é em contestação à denúncia do acordo de empresa que partiu da gestão de Paulo Macedo. É a primeira paralisação desde 2012.
"Estamos a falar de um processo negocial em que as condições em cima da mesa vão permanecer semelhantes ou mesmo superiores àquilo que existe na restante banca", avançou a mesma responsável. A partir de Setembro, haverá negociações com os sindicatos, que se podem estender por 18 meses, prorrogáveis.
Maria João Carioca sublinha que a proposta feita pela instituição financeira visa a "sustentabilidade" e que terá impacto "não apenas financeiramente, mas na possibilidade de gestão de recursos da Caixa".
Em relação à notícia do Público sobre as promoções que serão feitas em Setembro, a administradora sublinha que "as promoções na Caixa são de perfeita normalidade" e que já no ano passado tinham sido feitas. E aproveitou para dizer que essa é uma das alterações previstas na proposta da Caixa para novo acordo de empresa: o fim das promoções obrigatórias e por antiguidade para que passe a existir apenas progressões por mérito, através de avaliações.