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Caixa admite remunerar depósitos “mas tendo em conta os custos”

Presidente da Caixa Geral de Depósitos admite aumento da remuneração dos depósitos, mas avisa que terá de ter em conta os custos. Banco lucrou 468 milhões de euros até junho.

31 de Julho de 2022 às 17:40
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Paulo Macedo admite que a subida das taxas de juro trará também um aumento da remuneração dos depósitos, mas avisa que isso terá de ser feito tendo em conta os custos associados. “O que é normal é que os depósitos venham a ser remunerados, mas de acordo com regras de mercado e tendo em conta os custos”, afirmou na conferência de imprensa de apresentação de resultados da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no primeiro semestre do ano.

O CEO avisou que “mesmo com a taxa zero” e não “os 50 pontos que pagávamos ao BCE”, os depósitos “continuarão a ter um custo através dos impostos extraordinários”.

Lucros crescem 65%

A CGD registou um lucro de 486 milhões de euros no primeiro semestre, que compara com o resultado de 294,2 milhões obtido no mesmo período de 2021.

A atividade internacional representou um acréscimo de 47 milhões de euros nas contas, enquanto a doméstica contribuiu com mais 144 milhões de euros.

O crédito total aumentou 2% para 45,7 mil milhões de euros, enquanto os depósitos atingiram 71,3 mil milhões. A margem financeira aumentou 21% nos últimos 12 meses, para 591 milhões de euros. Já as comissões renderam mais 13% do que em junho de 2021, atingindo 306 milhões.

Os custos de estrutura, incluindo gastos com pessoal, mantiveram-se estáveis em 292 milhões.

Os custos regulamentares (que incluem as contribuições extraordinárias do setor e os custos de supervisão e para o Fundo de Resolução) foram de 80,5 milhões de euros, um valor 25% acima do registado há um ano.

Lucros excessivos? “Até agora foram zero”

Questionado sobre o imposto introduzido em Espanha para penalizar lucros dos bancos “caídos do céu”, o CEO rejeitou que esse fenómeno aconteça no banco público: “Lucros excessivos até agora foram zero”.

Paulo Macedo criticou o peso das contribuições especiais sobre o setor, que a banca “pagou mesmo quando teve prejuízo”. “O mercado vê tudo menos uma banca sorridente com lucros que paguem o custo de capital”, disse.

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