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Juros dos depósitos sobem pela primeira vez desde outubro de 2020

A taxa de juro média dos novos depósitos para particulares aumentou em junho para 0,07%, sendo a primeira subida desde outubro de 2020. Por sua vez, o crédito concedido a empresas e famílias caiu durante o mesmo período depois de subir em maio.

Banco Invest, Novo Banco e Eurobic lançaram 90% da oferta de depósitos estruturados em 2021. Os restantes cinco produtos foram do Montepio.
Raquel Wise
02 de Agosto de 2022 às 11:35
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A banca já está a reforçar a remuneração dos depósitos, acompanhando a subida dos juros de referência do Banco Central Europeu (BCE). A taxa de juro média paga pelos novos depósitos de particulares aumentou em junho pela primeira vez desde outubro de 2020, situando-se em 0,07%, segundo os dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

Este movimento pode ser explicado pela expectativa da subida das taxas de juro na Zona Euro, que se veio a concretizar a 27 de julho.

Em junho, o montante de novos depósitos de particulares aliviou para 3.707 milhões de euros, uma queda face ao 3.955 milhões de euros contabilizados em maio. Do montante de novos depósitos constituídos em junho, 90% foi aplicado em depósitos a prazo até um ano, também remunerados à taxa de juro média de 0,07%.

 

No que toca às empresas, os novos depósitos totalizaram 729 milhões de euros, dos quais 698 foram aplicados em depósitos a prazo até um ano, remunerados a uma taxa de juro média de 0,06%. Na Zona Euro, a taxa de juro média dos novos depósitos de empresas até um ano permanece negativa desde agosto de 2019.

 

Crédito concedido pela banca cai

Depois de subir de abril para maio, o montante de novos empréstimos concedidos pelos bancos às empresas caiu 27 milhões de euros em junho para um total de 2.065 milhões de euros. Deste total foram emprestados 1.237 milhões de euros nos empréstimos até um milhão de euros (1.160 milhões de euros em maio) e 828 milhões de euros nos empréstimos acima de um milhão de euros.

 

A taxa de juro média dos empréstimos às empresas voltou a aumentar e fixou-se em 2,15%, uma subida face aos 2,06% em maio. A taxa de juro média subiu tanto nos empréstimos até um milhão de euros (de 2,16% para 2,26%) como nos empréstimos acima de um milhão de euros (de 1,92% para 1,99%).

 

Relativamente aos particulares, também se registou uma queda dos empréstimos concedidos em junho, tendo montante total deslizado 105 milhões de euros face a maio para um total de 2.097 milhões de euros. Deste total, 1.399 milhões de euros foram destinados ao crédito à habitação, 484 milhões de euros ao crédito ao consumo e 213 milhões de euros para crédito com outros fins.

 

A taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação subiu para 1,47%, uma subida expressiva face aos 1,28% contabilizados em maio, em linha com a subida das taxas Euribor.

 

Já nos novos empréstimos ao consumo, a taxa de juro média diminuiu para de 7,86% no mês anterior para 7,78%. O supervisor liderado por Mário Centeno explica que "esta descida resultou de comportamentos diferenciados dos bancos deste segmento".

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