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Caixa acaba com a caderneta nas novas contas
As novas Contas Caixa já não irão ter caderneta. Há ainda mais de 100 mil clientes que apenas usam apenas a caderneta como meio de pagamento.
A caderneta é uma imagem de marca da CGD, mas que parece estar condenada à extinção. Na abertura de novas Contas Caixa já não serão disponibilizadas cadernetas, mantendo-se esta apenas para quem constituir uma conta-base. Além disso, a partir de 2018, a caderneta deixará de poder ser utilizada como meio de pagamento.
Actualizar a caderneta ao balcão da CGD já custa um euro, mas além desta medida, que pretende evitar que os clientes vão à agência apenas para verificar os seus movimentos, o banco estatal vai deixar de facultar este documento a quem subscrever uma Conta Caixa, uma solução integrada que passou a ser comercializada este mês. Desde o início de Junho que os clientes da CGD, novos e antigos, apenas podem criar novas contas Caixa, que está disponível em três formatos, e que agrega um conjunto de operações.
A excepção são as contas-base, cuja mensalidade de cinco euros é superior ao custo fixo cobrado por mês na solução Conta Caixa S (quatro euros). Além disso, os clientes com rendimentos mais baixos, poderão constituir uma conta de serviços mínimos bancários, sem qualquer comissão de manutenção.
A caderneta continua a ser usada em exclusivo por um grande número de clientes da CGD, que utiliza este meio para realizar levantamentos, fazer pagamentos e outras operações em caixas ATM da CGD. Segundo José João Guilherme são ainda centenas de milhares os clientes que não têm cartão de débito, usando a caderneta como meio de pagamento, mas devido a uma directiva europeia, isto deixará de ser possível no próximo ano.
O administrador da CGD alerta que é necessário mudar a forma como os clientes se relacionam com o banco estatal, destacando que, face ao sector, o volume de transacções no balcão da CGD é muito superior. "O que vão fazer é actualizar a caderneta e pequenos levantamentos e depósitos", esclarece o responsável, acrescentando que se tratam de operações que as pessoas podem fazer no multibanco, permitindo que a afectação de recursos seja dirigida a outras tarefas mais importantes.