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BPN custou mais ao Estado em 2014 que em 2013

2,69 mil milhões de euros negativos. É este o saldo orçamental que resulta da nacionalização do BPN até ao ano passado. Mas os encargos para o Estado serão maiores no futuro, prevê o Tribunal de Contas.

Bruno Simão/Negócios
20 de Julho de 2015 às 20:58
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Nacionalizado em 2008, o BPN teve custos para os cofres estatais mais elevados em 2014 do que no ano anterior, aponta o relatório de Acompanhamento da Execução Orçamental da Administração Central, onde o Tribunal de Contas analisa o ano de 2014.

O saldo provisório de perdas do BPN no ano passado cifrou-se em 485 milhões de euros negativos, mais do que os 476,5 milhões registados em 2013 – o número de 2014 é ainda provisório, pelo que poderá ser ainda revisto. O aumento do passivo financeiro, cuja origem não é explicada no documento, é um dos responsáveis pela variação.

Em termos acumulados, juntando todos os anos desde que este caso começou a ter peso nas contas públicas, o saldo é bem mais negro: 2,69 mil milhões de euros negativos é o número que resulta da diferença entre as receitas e as despesas orçamentais que decorreram da nacionalização, da posterior privatização do BPN e da criação de sociedades veículos que ficaram com os seus activos e passivos - Parvalorem, Parups e Participadas. 

Mas as perdas não se ficarão por aqui, segundo antecipa o Tribunal de Contas. Sabe-se que a Parvalorem e a Parups tiveram, em 2013, capitais próprios negativos (o que a empresa teria depois de fazer face a todas as suas responsabilidades) de 2,3 mil milhões de euros. Não há números para 2014. A este valor acrescentam-se os 170 milhões de capital próprio da Parparticipadas. "Encargos a suportar eventualmente pelo Estado no futuro", sintetiza a entidade. 

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