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"É desejável que não haja nenhuma perturbação política", diz Montenegro
"Se o parlamento tem dúvidas quanto à legitimidade do Governo para executar o seu programa, esse problema tem de ser resolvido", ressalvou o primeiro-ministro.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, defendeu esta quinta-feira que "era desejável" que não existisse "uma perturbação política" no país, mas insistiu que o parlamento tem de esclarecer se tem dúvidas quanto à legitimidade do Governo.
"Do ponto de vista da realidade económica e social do país era e é desejável que não haja nenhuma perturbação política, mas a democracia tem de funcionar", disse Luís Montenegro, à entrada para uma reunião extraordinária do Conselho Europeu, em Bruxelas.
Questionado sobre a perspetiva de eleições legislativas antecipadas, o primeiro-ministro reconheceu que, como o Governo "está sempre dependente da Assembleia da República, não tem uma maioria absoluta", pode "sempre acontecer, a todo o tempo, ser aprovada uma moção de censura ou também pode acontecer, no caso de o Governo decidir, como decidiu, de apresentar uma moção de confiança, que ela possa não ser aprovada".
"Eu não vou antecipar esse momento", respondeu o líder do executivo, acrescentando que "se o parlamento tem dúvidas quanto à legitimidade do Governo para executar o seu programa, esse problema tem de ser resolvido".