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BPN Crédito despede 87 trabalhadores

O BPN Crédito iniciou um processo de despedimento colectivo de 87 trabalhadores, que começaram hoje a ser contactados para assinar a rescisão contratual de modo a reduzir quase metade dos funcionário até final do mês.

Bruno Simão/Negócios
15 de Janeiro de 2015 às 20:13
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Carlos Rodrigues, da Comissão de Trabalhadores (CT) do BPN Crédito, disse à agência Lusa que o processo foi iniciado no dia 7, com a informação do despedimento colectivo à CT e imediatamente a seguir aos trabalhadores que vão ser dispensados.

 

A Parparticipadas, uma sociedade detida directamente pelo Estado através da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças, vendeu a 12 de Dezembro a totalidade do capital social do BPN Crédito, com 184 trabalhadores, à Firmus Investimentos.

 

Os novos donos do BPN Crédito cumpriram as formalidades relativas ao despedimento e a consulta à CT terminou na quarta-feira com uma reunião sem acordo entre os representantes dos trabalhadores e a administração da empresa.

 

Segundo Carlos Rodrigues, os trabalhadores começaram hoje a ser chamados individualmente para assinar a rescisão contratual e muitos deles estão a aceitar porque estão saturados da pressão em que têm vivido desde a nacionalização do BPN".

 

A indemnização oferecida aos trabalhadores corresponde à multiplicação dos anos de trabalho pela remuneração mensal, resultante do salário base mais diuturnidades e complementos.

 

O despedimento colectivo envolve trabalhadores de Lisboa, Porto, Coimbra e Leiria.

 

Fonte oficial do BPN Crédito esclareceu que o despedimento é feito no âmbito de uma reestruturação essencial para a viabilidade da empresa.

 

"A reestruturação em curso está prevista desde antes da reprivatização e é um processo essencial à viabilidade económica da empresa e à manutenção da maioria dos postos de trabalho", afirma a mesma fonte numa declaração escrita à agência Lusa.

 

A empresa garante que "todas as formalidades e preceitos legais" inerentes ao processo em curso "foram e estão a ser escrupulosamente observados e cumpridos, tal como o Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, através da DGERT, já teve oportunidade de confirmar."

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