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BPI supera preço oferecido pelo CaixaBank em 5%
Os catalães oferecem 1,329 euros por acção na OPA ao BPI. O mercado avaliou, no fecho de mercado, os títulos em 1,395 euros. Isto depois de se saber que vários administradores defendem uma contrapartida mais elevada.
As acções do BPI subiram mais de 5,5% na sessão desta quarta-feira, superando o preço oferecido pelos espanhóis do CaixaBank na oferta pública de aquisição lançada na semana passada. Isto depois de ter sido noticiado, pelo Negócios, que alguns administradores defendem que a contrapartida deveria ser maior para incorporar o prémio de controlo.
A cotação de fecho do banco liderado por Fernando Ulrich (na foto) foi de 1,395 euros, um valor 5,52% superior ao alcançado na sessão anterior. Foi o pico mais elevado do dia, num dia em que o índice de referência terminou com uma quebra de 0,03%.
O valor registado pelo BPI está também praticamente 5% acima da contrapartida oferecida pelo CaixaBank que, na OPA lançada para obter 100% do capital do banco (tem neste momento 44,1% do capital do banco), dá 1,329 euros por título. Esta foi a primeira vez que a cotação de mercado da instituição financeira superou os 1,329 euros desde que os catalães anunciaram a operação. O preço mais perto – até à sessão de hoje – tinha sido de 1,327 euros. Ou seja, neste momento, os investidores acreditam que há margem para uma subida da contrapartida.
A evolução positiva, que foi acompanhada por um volume de transacções três vezes superior à média, ocorre no dia em que o Negócios avançou que há administradores do BPI a defender que o preço da OPA não reflecte o prémio de controlo, já que a OPA terá sucesso mesmo desde que o CaixaBank consiga ter mais de 50%.
Já se sabia que um dos membros do conselho de administração, nomeado pela accionista Violas Ferreira, não iria vender a sua posição. "Não estamos vendedores a este preço", disse ao Económico Tiago Violas Ferreira. O Negócios confirmou que esta é uma posição partilhada por outros administradores do BPI, que pretendem esgrimir essa posição no conselho de administração – o órgão tem de se pronunciar sobre as condições e a oportunidade da operação.