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BPI supera preço oferecido pelo CaixaBank em 5%

Os catalães oferecem 1,329 euros por acção na OPA ao BPI. O mercado avaliou, no fecho de mercado, os títulos em 1,395 euros. Isto depois de se saber que vários administradores defendem uma contrapartida mais elevada.

Bruno Simão/Negócios
25 de Fevereiro de 2015 às 17:09
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As acções do BPI subiram mais de 5,5% na sessão desta quarta-feira, superando o preço oferecido pelos espanhóis do CaixaBank na oferta pública de aquisição lançada na semana passada. Isto depois de ter sido noticiado, pelo Negócios, que alguns administradores defendem que a contrapartida deveria ser maior para incorporar o prémio de controlo.

 

A cotação de fecho do banco liderado por Fernando Ulrich (na foto) foi de 1,395 euros, um valor 5,52% superior ao alcançado na sessão anterior. Foi o pico mais elevado do dia, num dia em que o índice de referência terminou com uma quebra de 0,03%.

 

O valor registado pelo BPI está também praticamente 5% acima da contrapartida oferecida pelo CaixaBank que, na OPA lançada para obter 100% do capital do banco (tem neste momento 44,1% do capital do banco), dá 1,329 euros por título. Esta foi a primeira vez que a cotação de mercado da instituição financeira superou os 1,329 euros desde que os catalães anunciaram a operação. O preço mais perto – até à sessão de hoje – tinha sido de 1,327 euros. Ou seja, neste momento, os investidores acreditam que há margem para uma subida da contrapartida. 

 

A evolução positiva, que foi acompanhada por um volume de transacções três vezes superior à média, ocorre no dia em que o Negócios avançou que há administradores do BPI a defender que o preço da OPA não reflecte o prémio de controlo, já que a OPA terá sucesso mesmo desde que o CaixaBank consiga ter mais de 50%.

 

Já se sabia que um dos membros do conselho de administração, nomeado pela accionista Violas Ferreira, não iria vender a sua posição. "Não estamos vendedores a este preço", disse ao Económico Tiago Violas Ferreira. O Negócios confirmou que esta é uma posição partilhada por outros administradores do BPI, que pretendem esgrimir essa posição no conselho de administração – o órgão tem de se pronunciar sobre as condições e a oportunidade da operação. 

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