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BPI aguarda decisão sobre providências cautelares dos Violas

O BPI já contestou as providências cautelares do accionista Violas Ferreira Financial e aguarda a decisão do tribunal. O maior accionista português contesta a eleição de Osório de Castro e quer impedir que os accionistas votem a desblindagem proposta pela gestão.

Paulo Duarte/Negócios
23 de Agosto de 2016 às 18:36
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O Banco BPI já contestou as duas providências cautelares requeridas pela Violas Ferreira Financial, uma destinada a suspender a eleição dos novos membros da mesa da assembleia-geral do baco e outra destinada a impedir a votação da proposta de desblindagem de estatutos apresentada pela administração do BPI, informou a instituição liderada por Fernando Ulrich em comunicado publicado esta terça-feira, 23 de Agosto, no site da CMVM.

 

O BPI "aguarda agora a tomada da decisão do tribunal sobre a providência cautelar requerida [contra a eleição da mesa da AG, liderada por Carlos Osório de Castro] e informará o mercado logo que tal decisão seja proferida", adianta o comunicado do banco. A instituição aguarda ainda "a decisão do tribunal" sobre a providência cautelar solicitada pela Violas Ferreira Financial na véspera da reunião de accionistas de 22 de Julho e que impediu a votação da proposta para eliminar o limite de votos existente no banco.

 

O comunicado do grupo liderado por Fernando Ulrich surge quando faltam duas semanas para 6 de Setembro, data prevista para a continuação da assembleia-geral do BPI, depois de a reunião de 22 de Julho ter sido suspensa devido à providência cautelar solicitada pela Violas Ferreira Financial (VFF), que tem 2,681% da instituição. No entanto, o banco não esclarece se a esta iniciativa da VFF poderá ter consequências na realização deste encontro.

Violas querem travar OPA do CaixaBank

 

Na AG de 22 de Julho, os accionistas do BPI foram impedidos de votar a proposta da administração para pôr fim ao limite de votos no banco, condição de sucesso de oferta pública de aquisição (OPA) do CaixaBank. Isto porque a Violas Ferreira Financial apresentou uma providência cautelar impedindo aquela deliberação, que o tribunal aceitou pelo facto de a proposta não estar assinada pelos administradores do banco, tal como a acta da reunião do conselho que a aprovou.

 

A iniciativa dos Violas faz parte da estratégia para travar a OPA do CaixaBank, operação que o maior accionista português do BPI contesta por considerar que permite ao grupo catalão passar a mandar no banco sem ter em conta os interesses dos pequenos accionistas, como defendeu Tiago Violas Ferreira, administrador da VFF, ao Negócios.

 

Em alternativa à OPA, lançada em resposta ao fracasso do acordo entre o CaixaBank e Isabel dos Santos para reduzir a exposição do BPI a Angola, os Violas defendem a fusão do BFA, operação angolana do banco, com a instituição que a Caixa Geral de Depósitos naquele país africano. Uma proposta que o CaixaBank só aceita discutir depois do desfecho da OPA.



(Notícia actualizada às 19:00)
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