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BPI afasta-se de BCP nas críticas à capitalização à CGD
Fernando Ulrich não está ao lado de Nuno Amado nas críticas à capitalização estatal da Caixa Geral de Depósitos.
"Não partilho destas preocupações que dizem que o BCP expressou", declarou o presidente da comissão executiva do BPI quando questionado na conferência de imprensa em que reportou lucros de 105,9 milhões de euros no primeiro semestre.
O BCP questionou a Comissão Europeia sobre o valor que será injectado no banco estatal, que a imprensa tem dito que poderá ascender a 5.000 milhões de euros, dizendo que o valor é superior ao que o banco efectivamente necessita para cumprir os rácios.
"Sobre os números não vou fazer comentários", escudou-se Ulrich, reforçando apenas nos pontos positivos da capitalização. "É importante para o sistema financeiro português, para a economia portuguesa, que a CGD seja uma instituição financeira forte, credível, competitiva e que trabalhe bem no mercado sob todos os pontos de vista".
É importante, continuou Ulrich, que o banco ainda sob o comando de José de Matos "mereça a confiança dos mercados".
Ulrich não se preocupa com comissão de inquérito
O facto de a Caixa Geral de Depósitos ser um objecto de comissão parlamentar de inquérito não causa preocupações a Ulrich. "Nunca tivemos uma comissão de inquérito mas já passámos por tanta coisa que são mais ou menos equivalentes".
"É uma coisa que não me perturba. São planos diferentes e, desde que as empresas estejam devidamente organizadas, a gestão não tem de ser perturbada por essas coisas", disse.
Sobre o inquérito parlamentar, até deixou um conselho para o futuro líder da CGD, seu antigo vice no BPI. "Com a experiência que tenho do BPI, não me preocuparia nada com isso. Ainda menos se fosse a nova equipa".