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Calendário do BCE ameaça atrasar entrada de Domingues na CGD

Para assumir funções, futura gestão da Caixa tem de ter "ok" do conselho de supervisão do BCE e não merecer oposição dos governadores da Zona Euro. Banqueiros centrais podem pronunciar-se apenas na reunião de 21 de Agosto.

Reuters
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A entrada da nova administração da Caixa pode demorar mais algumas semanas devido aos formalismos que é preciso cumprir no Banco Central Europeu (BCE) e que podem prolongar-se até 21 de Agosto.

Apesar de o pedido formal de avaliação da equipa ter chegado ao Mecanismo Único de Supervisão na sexta-feira, é necessário concluir o processo a nível técnico. Depois, a decisão tem de ser aprovada pelo conselho de supervisão e, finalmente, avaliada pelo conselho de governadores do BCE, que tem a última palavra, pelo princípio de não-objecção previsto nas regras do supervisor.

Segundo o calendário do órgão liderado por Mario Draghi, a próxima reunião que vai avaliar matérias não relacionadas com política monetária será a 3 de Agosto. Fontes financeiras admitem ao Negócios que é uma data muito próxima para que a avaliação técnica da equipa de António Domingues esteja concluída. É que antes de chegar à mesa dos governadores, o projecto de decisão tem de ser aprovado numa das duas reuniões mensais do conselho de supervisão, liderado por Danièle Nouy.

Se o dossiê sobre a CGD não estiver pronto para ser apreciado pelos líderes dos bancos centrais da Zona Euro a 3 de Agosto, essa análise deverá ser adiada para 21 de Agosto, data do encontro seguinte destinado a deliberar sobre temas que não digam respeito à evolução das taxas de juro.
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