O BPI registou uma melhoria do lucro para 121 milhões de euros no primeiro trimestre de 2024, acima dos 85 milhões registados há um ano. A atividade doméstica teve um resultado de 112 milhões de euros.

A margem financeira aumentou 19% para 245 milhões de euros face ao valor registado há um ano, mas já caiu 10 milhões face ao último trimestre de 2023.

"Existem três pressões sobre a margem", descreveu o CEO João Pedro Oliveira e Costa na conferência de imprensa de apresentação de resultados. O leque referido pelo presidente executivo do banco inclui o aumento dos juros pagos nos depósitos, onde "há uma estabilização, mas nas renovações vai acabar por ficar mais alto do que era"; o maior ritmo na concessão de crédito; e a "grande concorrência na concessão, quer no crédito à habitação quer no crédito a empresas, que tem levado a esmagamento das margens".

As comissões renderam mais 1% para 74 milhões de euros, conjungando-se com o desempenho da margem para levar o produto bancário comercial a crescer 16%.

A carteira de crédito cresceu 3% face a março de 2023, atingindo 30,1 mil milhões de euros. O principal contributo para a subida foi nos empréstimos a empresas, cujo volume aumentou 6% para 11,6 mil milhões de euros. O crédito a particulares avançou 1% para 16,2 mil milhões.

6 mil créditos renegociados, nenhuma casa entregue

No final de março o BPI tinha renegociado créditos de 6.100 clientes. Destes, 5.500 contratos, no valor de 553 milhões de euros, foram abrangidos pela bonificação do juro. Os restantes 600 fixaram a prestação e representam 89 milhões de euros.

Nos últimos 12 meses, o BPI não recebeu qualquer imóvel por recuperação de crédito. Nos últimos 3 anos, foram 14.

O BPI tem um total de 216 mil contratos de crédito à habitação no valor de 14,6 mil milhões de euros.