A Goldman Sachs vai ter de registar uma imparidade nas contas referentes ao quarto trimestre do ano passado por causa do empréstimo ao BES (Banco Espírito Santo) feito pela Oak Finance. O que vai implicar uma redução de lucros do banco e o corte de bónus a alguns dos seus executivos, avança esta quarta-feira, 14 de Janeiro, a Reuters, citando fontes anónimas ligadas ao processo.

A imparidade surge depois do Banco de Portugal ter decidido a 22 de Dezembro que a responsabilidade contraída pelo BES perante a Oak Finance ficaria no BES mau, não sendo transferida para o Novo Banco. A Goldman Sachs contestou, mas vai registar a imparidade. O empréstimo feito via Oak Finance foi de 548,3 milhões de euros e foi participado por vários investidores. 

Esta decisão, que levou a que o empréstimo ficasse no banco mau e não no Novo Banco, levou os executivos da Goldman Sachs a terem uma reunião na véspera de Natal para debaterem a imparidade e como isso iria ter impacto no bónus dos gestores. A Reuters avança que poderão ser afectados cerca de 50 executivos da Goldman Sachs, que verão os seus bónus cortados.

De acordo com a mesma notícia o impacto nos lucros pode não ser relevante, o que poderá levar a que a Goldman Sachs não discrimine nas contas essa imparidade.