Notícia
BCP: Juros negativos? "Estamos confiantes de que regulador tomará decisão adequada"
Miguel Maya, CEO do BCP, está confiante de que os reguladores, depois de obterem a posição de todos os intervenientes no setor financeiro, vão tomar a "decisão adequada".
Miguel Maya, presidente executivo do BCP, acredita que os reguladores vão tomar uma "decisão adequada" sobre a aplicação de juros negativos nos depósitos assim que obtiverem a posição de todos os intervenientes no sistema financeiro. Isto depois de tanto o Banco de Portugal como o Governo terem afastado esta possibilidade.
"Esperamos que os reguladores obtenham as outras perspetivas [no mercado]", afirmou o gestor na apresentação dos resultados para os primeiros nove meses do ano, quando o banco lucrou 270 milhões de euros.
"Estamos confiantes de que vão [os reguladores] tomar uma decisão adequada", referiu ainda Miguel Maya, notando que "há tempos de análise e que estes estão a decorrer" e que "confiamos no funcionamento das instituições".
Questionado se pretende aplicar uma comissão a institucionais, tal como já está a ser feito pelo BPI, o CEO do BCP disse apenas que "tudo o que estamos a fazer tem cobertura regulamentar" e que este "não é um tema central".
Foi no final de outubro que o Eco avançou que o Governo afastou a possibilidade de os bancos aplicarem taxas de juro negativas nos depósitos bancários. Antes, o Banco de Portugal já tinha relembrado que a "lei proíbe taxas negativas" nos depósitos.
Na conferência "Banca do Futuro", organizada no mês passado, Miguel Maya afirmou que "somos comparados com outros bancos da Zona Euro. O que quero ter é as mesmas condições". E sublinhou: "Não percebo por que é que em Portugal não podemos cobrar também taxas de juro negativas aos clientes".
Também António Ramalho partilhou desta opinião: "O problema é mesmo como o Miguel Maya coloca", disse o presidente do Novo Banco, defendendo que "se deve seguir o mesmo modelo em toda a Europa se a política monetária é idêntica em toda a Europa". Já Paulo Macedo, CEO da CGD, questionou o porquê de não se poder cobrar por um depósito de uma instituição financeira ou de uma multinacional "que apenas põe o dinheiro onde tem maior remuneração?".
Já o BPI disse, na sua apresentação de resultados trimestrais, que obteve autorização do Banco de Portugal no fim do ano passado para cobrar comissões sobre os depósitos de instituições financeiras e institucionais.
"Esperamos que os reguladores obtenham as outras perspetivas [no mercado]", afirmou o gestor na apresentação dos resultados para os primeiros nove meses do ano, quando o banco lucrou 270 milhões de euros.
Questionado se pretende aplicar uma comissão a institucionais, tal como já está a ser feito pelo BPI, o CEO do BCP disse apenas que "tudo o que estamos a fazer tem cobertura regulamentar" e que este "não é um tema central".
Foi no final de outubro que o Eco avançou que o Governo afastou a possibilidade de os bancos aplicarem taxas de juro negativas nos depósitos bancários. Antes, o Banco de Portugal já tinha relembrado que a "lei proíbe taxas negativas" nos depósitos.
Na conferência "Banca do Futuro", organizada no mês passado, Miguel Maya afirmou que "somos comparados com outros bancos da Zona Euro. O que quero ter é as mesmas condições". E sublinhou: "Não percebo por que é que em Portugal não podemos cobrar também taxas de juro negativas aos clientes".
Também António Ramalho partilhou desta opinião: "O problema é mesmo como o Miguel Maya coloca", disse o presidente do Novo Banco, defendendo que "se deve seguir o mesmo modelo em toda a Europa se a política monetária é idêntica em toda a Europa". Já Paulo Macedo, CEO da CGD, questionou o porquê de não se poder cobrar por um depósito de uma instituição financeira ou de uma multinacional "que apenas põe o dinheiro onde tem maior remuneração?".
Já o BPI disse, na sua apresentação de resultados trimestrais, que obteve autorização do Banco de Portugal no fim do ano passado para cobrar comissões sobre os depósitos de instituições financeiras e institucionais.