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BCP aumenta lucros para 270,3 milhões de euros

Miguel Maya, CEO do BCP, afirmou que estes são os "melhores resultados dos primeiros nove meses dos últimos 12 anos".

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O BCP aumentou os lucros nos primeiros nove meses do ano. O banco liderado por Miguel Maya registou um resultado líquido de 270,3 milhões de euros até setembro, o que representa um aumento de 5% em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com o comunicado enviado esta quinta-feira, 7 de novembro, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.


De acordo com a média das estimativas de quatro analistas, as projeções apontavam para lucros de 265 milhões de euros, pelo que o banco conseguiu ficar ligeiramente acima do esperado. Entre janeiro e setembro de 2018, o BCP tinha aumentado os lucros em 93% para 257,5 milhões de euros, beneficiando sobretudo de um terceiro trimestre forte.

"Apesar do contexto macroeconómico, que é mais desafiante, e da política monetária, que é desafiante para a rentabilidade do sistema financeiro, a verdade é que vamos apresentar os melhores resultados dos primeiros nove meses dos últimos 12 anos", afirmou Miguel Maya, CEO do BCP, na apresentação dos resultados. 

Em comunicado na CMVM, o BCP diz que "o bom desempenho da atividade em Portugal foi determinante para a evolução do resultado líquido do Grupo, na medida em que o contributo da atividade internacional nestes primeiros nove meses do ano se revelou inferior ao apresentado em igual período de 2018".

A atividade em território nacional contribuiu com um resultado líquido de 125,5 milhões de euros, o que representa um crescimento de 7% face aos 117,1 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado.

Nos lucros de 270,3 milhões de euros registados até setembro está incluído um ganho de 13,5 milhões de euros, resultante da alienação do Grupo Planfipsa em fevereiro de 2019, refletido como resultados de operações descontinuadas ou em descontinuação.


Quanto à margem financeira, esta apresentou um aumento de 9,5% face aos 1.052,8 milhões de euros registados nos primeiros nove meses de 2018, alcançando 1.153,0 milhões de euros no mesmo período de 2019, indica a instituição financeira. Um crescimento impulsionado "fundamentalmente pelo desempenho favorável da atividade internacional, embora também tenha beneficiado da evolução positiva verificada na atividade em Portugal". Em território nacional, o indicador cresceu para 600,1 milhões de euros.

Já as comissões líquidas 
registaram uma evolução positiva face aos 510,1 milhões de euros alcançados nos primeiros nove meses de 2018, situando-se em 519,1 milhões de euros no mesmo período de 2019, refere o BCP no comunicado.

Houve ainda uma redução significativa dos NPE (Non-Performing Exposure), que recuaram 1,7 mil milhões face a 30 de setembro de 2018, à boleia da atividade em Portugal. 

Menos provisões, mais custos
As outras imparidades e provisões recuaram, passando de 92,2 milhões de euros para 78,1 milhões de euros, "beneficiando das menores necessidades de provisionamento, quer na atividade em Portugal, quer na atividade internacional".

Por outro lado, os custos operacionais aumentaram. Estes totalizaram 808 milhões de euros até setembro, face aos 742,2 milhões de euros contabilizados no período homólogo do ano anterior. Já os custos com pessoal, não considerando o efeito dos itens específicos respeitantes à atividade em Portugal, situaram-se em 463,6 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2019, refletindo um crescimento de 9,5%.

Este aumento está relacionado com custos de integração do EuroBank, de 14,9 milhões de euros, mas é também justificado com custos de reestruturação na ordem dos 12 milhões de euros, de acordo com o BCP. 

Crescimento do crédito 

A carteira de crédito (bruto) consolidada do BCP situou-se nos 54.658 milhões de euros, apresentando um crescimento de 6,9% face aos 51.150 milhões de euros registados em igual data do ano anterior, revela o banco. 

Já os 
recursos totais de clientes cresceram 10,1% face aos 72.786 milhões de euros registados em 30 de setembro de 2018, ascendendo a 80.166 milhões de euros na mesma data de 2019, "devido ao bom desempenho quer da atividade em Portugal, quer da atividade internacional". Esta é a "evolução da confiança dos clientes", notou Miguel Maya.

(Notícia atualizada às 17:18 com mais informação)
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