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Fitch deixa CGD mais perto de sair do lixo e melhora perspetiva do BCP

A agência de notação financeira Fitch subiu o rating da CGD e elevou o "outlook" do Banco Comercial Português, de ‘estável’ para ‘positivo’, o que sinaliza uma possível melhoria da classificação para breve.

David Cabral Santos/Cofina
30 de Outubro de 2019 às 18:07
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A Fitch elevou o rating da Caixa Geral de Depósitos em um nível, de BB para BB+, deixando assim a instituição comandada por Paulo Macedo a apenas um grau de entrar na categoria de investimento de qualidade.

A agência também subiu a perspetiva para a evolução da qualidade da dívida do BCP, de ‘estável’ para ‘positiva’.

A entidade de notação financeira emitiu igualmente um novo relatório para o Banco BPI, mas manteve o rating do banco liderado por Pablo Forero em BBB, com "outlook" estável.

Dívida da CGD a um passo de deixar de ser "junk"

A Caixa Geral de Depósitos "informa que, em 30 de outubro de 2019, a Fitch Ratings subiu o seu rating de longo prazo de BB para BB+ (…). O outlook é classificado como ‘estável’", diz o comunicado da CGD divulgado junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

"A subida de rating reflete o progresso contínuo e com sucesso na implementação pela CGD do seu plano estratégico 2017-2020, registando uma notável melhoria da rentabilidade, da qualidade dos ativos e do reforço dos rácios de capital", sublinha o documento.

 

A Fitch Ratings salienta igualmente que "a CGD reforçou os seus padrões e controlo de risco para níveis mais próximos das práticas globais da indústria, que serão fundamentais para mitigar futuras pressões sobre a qualidade dos ativos".

 

"Esta é já a segunda subida do rating da CGD por parte da Fitch Ratings desde o início da implementação do plano estratégico em curso".

A CGD está agora no primeiro nível de "lixo" nas três principais agências, já que também a Moody's e a Standard & Poor's estão a um nível de tirar a notação da dívida de longo prazo do banco do patamar especulativo. A canadiana DBRS, por seu lado, atribui uma classificação à Caixa que está três níveis acima de "junk".


BCP pode ver rating subir em breve

Por outro lado, a agência justificou a melhoria do "outlok" do BCP com a expectativa de que o banco liderado por Miguel Maya continuará a melhorar a qualidade dos seus ativos, a manter uma sólida relação custo-eficiência e a aumentar a sua rendibilidade operacional, no âmbito do seu plano para 2018-2021.

"Este ‘outlook’ positivo reflete também as nossas expectativas de que o banco reduzirá ainda mais os encargos que estão a ser alocados para ativos problemáticos e que continuam a ser mais altos dos que os encargos dos seus pares que têm um rating mais elevado", sublinha a Fitch no relatório hoje divulgado.

A Fitch "estima que o contexto económico de Portugal continue a favorecer a melhoria da rendibilidade operacional do banco e do seu plano para reduzir ativos problemáticos para níveis mais aceitáveis no decurso dos dois próximos anos", destaca o relatório.

"Estamos convictos de que a recuperação das operações do banco em Portugal, a par com as esperadas medidas de custo-eficiência, ajudarão a atenuar a perspetiva de menores lucros da subsidiária polaca do BCP, o Bank Millennium", refere ainda o documento da Fitch.

 

No que diz respeito ao rating do Banco Comercial Português, a Fitch manteve-o em BB, que corresponde ao segundo nível de "lixo". Ou seja, é ainda considerado investimento especulativo, mas a perspetiva ‘positiva’ sinaliza uma possível subida da notação em breve.

 

Foi em dezembro do ano passado que a Fitch elevou a classificação do BCP, em um nível, de BB- para BB. Nessa altura, a agência justificou a subida com a melhoria da rentabilidade operacional e os progressos na redução dos ativos problemáticos.

(notícia em atualizada às 18:37)

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