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BCE baixa exigência de solidez do BPI em 2017

O BPI tem de ter um nível de solidez de melhor qualidade de 9,25% a partir de Janeiro, segundo foi definido pelo BCE. Esta exigência representa um alívio face ao nível de capital mínimo imposto em 2016. Cumprir o rácio total exige a emissão de 350 milhões de dívida subordinada.

Jasper Juinen/Bloomberg
15 de Dezembro de 2016 às 17:39
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A partir de Janeiro, o BPI tem de apresentar um nível de solidez de melhor qualidade – tecnicamente designado de "common equity tier one" (CET1) – de 9,25%, de acordo com o requisito mínimo que lhe foi fixado pelo Banco Central Europeu, divulgado esta quinta-feira, 15 de Dezembro, pelo banco. Esta exigência representa um alívio face à percentagem mínima a que a instituição liderada por Fernando Ulrich esteve sujeita em 2016, que era de 9,75%.

 

"A decisão do BCE sobre os requisitos mínimos prudenciais que deverão ser respeitados a partir de 1 de Janeiro de 2017" foi comunicada ao BPI a 12 de Dezembro último e baseia-se "nos resultados do processo de avaliação e revisão de supervisão" (SREP, na sigla inglesa), refere o comunicado do banco.

 

De acordo com os dados disponibilizados pelo BPI, a partir de 1 de Janeiro, a instituição tem de apresentar, em termos consolidados, um "common equity tier one" mínimo de 9,25%, um "tier one" de 9,75% e um rácio de capital total de 11,75%.

 

No que diz respeito ao rácio mais exigente (CET1), o BPI vai estar sujeito a uma exigência mais suave do que acontecia no ano passado. No entanto, relativamente aos restantes indicadores de solidez há um reforço da exigência. Em termos de "tier one" a exigência mínima manteve-se em 9,75%, enquanto no rácio total o requisito passou de 9,75% para 11,75%.

 

"Face a estes requisitos, e tendo em conta a venda de 2% do BFA e a redução de 0,5 pontos percentuais na taxa de desconto das responsabilidades com pensões prevista para o final de 2016, estima-se que o banco cumpra os novos rácios mínimos exigidos em matéria de CET1 e ‘tier one’", sublinha o BPI em comunicado.

 

Já o cumprimento do rácio de solidez total vai exigir que o banco emita dívida subordinada. Nesse sentido, "o conselho de administração decidiu aprovar a emissão de dívida subordinada (‘tier two’) num valor de até 350 milhões de euros, em termos a definir posteriormente", adianta o BPI.


(Notícia actualizada às 18:00)
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