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Banco BPI extingue função de subgerentes
O Banco BPI extinguiu a função de subgerentes, tendo comunicado a decisão esta semana aos trabalhadores neste cargo e que atingem várias centenas, apesar de manterem a categoria profissional e respectiva remuneração.
Segundo contaram trabalhadores à Lusa, a informação foi avançada pelas estruturas do BPI aos subgerentes esta terça-feira, o mesmo dia da assembleia-geral do banco que aprovou a venda parcial do Banco de Fomento de Angola (BFA), tendo então sido dito que a decisão entraria em vigor esta sexta-feira, 16 de Dezembro.
Na comunicação aos trabalhadores foi ainda dito que, apesar da extinção da função, continuarão a exercer nas agências do BPI as mesmas tarefas que até agora.
Apesar de desaparecer a figura do subgerente na organização interna do banco, os trabalhadores mantêm a categoria profissional (até por força da legislação laboral do sector bancário) e não perdem remuneração.
Além da figura do subgerente, no BPI há ainda a figura do 'segundo responsável', que nesta reorganização interna também desapareceu.
De acordo com a explicação obtida pela Lusa, os segundos responsáveis exercem no BPI funções de subgerentes mas sem terem formalmente essa categoria. Até agora, esses trabalhadores tinham a expectativa de subirem a subgerentes, aumentando o salário.
Tanto os subgerentes como os segundos responsáveis passam agora a gestores de clientes.
A Lusa contactou fonte oficial do BPI sobre as razões por detrás desta decisão, mas até ao momento ainda não obteve informação.
Já a Comissão de Trabalhadores do BPI afirmou que o órgão representativo dos trabalhadores pediu mais informação à administração sobre o mesmo tema.
O BPI tem em curso uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) do Caixabank, o seu principal accionista com 45,50% do capital social, que deverá ser registada em breve pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O Caixabank oferece 1,134 euros por acção, sendo a operação sobre os 100% de acções.
No entanto, este processo ainda pode sofrer sobressaltos. Vários pequenos accionistas, entre os quais a 'holding' Violas Ferreira Financial (com 2,7%), já fizeram saber que o preço oferecido é baixo e pedem à CMVM que nomeie um auditor independente para definir o preço justo ou ameaçam avançar com acções na justiça.
Os sindicatos que representam os trabalhadores bancários estão cautelosos quanto ao impacto sobre o BPI caso o banco espanhol passe a controlar totalmente a instituição.
(Notícia actualizada às 18:20 com mais informação)