Notícia
BBVA Portugal muda de presidente após despedimento colectivo
Luís Castro e Almeida substituiu Alberto Charro da liderança da unidade do BBVA em Portugal. No banco desde 2003, assume o cargo de CEO para levar o banco para a vida digital.
O BBVA Portugal mudou de presidente. Luís Castro e Almeida (na foto) preenche o lugar anteriormente ocupado por Alberto Charro. Uma troca que ocorre meses depois do despedimento colectivo.
A informação foi avançada pela Lusa e posteriormente confirmada pelo banco num comunicado enviado às redacções: "O BBVA nomeou Luís Castro e Almeida, administrador delegado do BBVA Portugal, que substitui Alberto Charro". Charro estava no banco desde 2009.
A mudança dá-se em Junho, meses depois do despedimento colectivo que teve lugar no BBVA Portugal – no resto da banca nacional, a solução tem sido, nos últimos anos, a de apostar em processos de rescisão voluntária. O BBVA Portugal despediu 148 funcionários, tendo trocado 29 trabalhadores de função.
Depois de liderar o banco durante esse processo, em que a instituição recusou o pedido dos trabalhadores de proceder a reformas antecipadas em vez de despedimentos, Charro vai assumir a liderança de outra unidade de negócio do grupo, que não é especificada.
No BBVA desde 2003, Castro e Almeida "exercia a função de administrador com o pelouro comercial, tendo sido um dos protagonistas da transformação digital da unidade em Portugal", diz o comunicado enviado pelo BBVA Portugal.
O BBVA Portugal, unidade que esteve disponível para venda até ao ano passado e que esteve depois na corrida pelo Novo Banco (antes de se auto-excluir), assumiu uma nova estratégia, virada para a aposta no digital, de forma a reduzir os custos existentes com uma estrutura física - a intenção era fechar 43 das 81 agências. Tendo já estado ligado a esse processo de digitalização, Luís Castro e Almeida vai agora presidir ao banco que está também a focar-se em clientes mais abastados, o chamado "segmento premium", e em grandes empresas.
Em Setembro de 2014, o BBVA Portugal apresentava um prejuízo de 44 milhões de euros, segundo as contas oficiais publicadas junto do Banco de Portugal. O valor compara com os 57,5 milhões de prejuízos no período homólogo. Os capitais próprios da instituição (resultante da diferença entre o activo e o passivo ou, de forma mais prática, entre o que tem e todas as responsabilidades pela frente) estavam, no final dos primeiros nove meses do ano, em 227 milhões de euros.