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Bankinter Portugal pede prolongamento das moratórias para setores mais afetados

Alberto Ramos, CEO do Bankinter Portugal, considera que terá de ser revisto o prazo do fim das moratórias devido ao novo confinamento. Esta medida termina em setembro este ano.

Mariline Alves
03 de Fevereiro de 2021 às 13:20
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Alberto Ramos, CEO do Bankinter Portugal, considera que o prazo das moratórias no crédito deverá ser revisto, nomeadamente para os setores mais afetados. Isto numa altura em que o país entrou num novo confinamento devido à evolução da pandemia.

"Ainda não sabemos a extensão e real impacto na economia" do segundo confinamento", começou por dizer Alberto Ramos aos jornalistas, numa conferência de imprensa para apresentar os resultados referentes a 2020 do Bankinter Portugal. E "quando as moratórias foram desenhadas, partiram do princípio de que 2021 seria um ano de recuperação económica", algo que já não deverá acontecer.

Nesse sentido, "ainda não temos conclusões mas parece ser prudente pensar que depois das moratórias algumas coisas vão ter de ser feitas para apoiar as empresas que tenham viabilidade". Poderá ser necessário, disse, "fazer algumas coisas diferentes ou com maior extensão".

Pode, por isso, ser necessário um prolongamento das moratórias, que estão previstas terminar em setembro deste ano. "Penso que o tema das moratórias pode ser revisto", afirmou o CEO do Bankinter Portugal, nomeademente para os "setores particularmente atingidos" pela crise pandémica e pelo novo confinamento e para as famílias em situações difíceis. 

Foi há duas semanas que o espanhol Bankinter revelou os seus resultados para 2020. Sobre a sucursal em Portugal, o banco indicou que o resultado antes de impostos foi de 45 milhões de euros no ano passado, uma diminuição de 31%, devido sobretudo ao facto de o banco ter "deixado de libertar provisões" em 2020.

A sucursal do Bankinter em Portugal seguiu a tendência de crescimento do negócio com clientes, referiu à data, com a carteira de crédito a crescer 7%, alcançando 6.600 milhões de euros no fim do ano. Por outro lado, os recursos dos clientes cresceram 6%, atingindo 4.800 milhões de euros. 

Quanto às margens do Bankinter Portugal, a instituição realça os "crescimentos de dois dígitos": 10% na margem de juros e 13% na margem bruta, "impulsionados pelo bom desempenho das comissões".

(Notícia atualizada.)
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