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Banif: António Varela saiu da reunião que decidiu resolução
A decisão de resolução do Banif foi tomada pela cúpula do Banco de Portugal. Com uma excepção: António Varela, administrador, pediu escusa por ser depositante e investidor do banco.
Ainda assim, segundo pode ler-se na acta divulgada esta segunda-feira pelo Banco de Portugal, declarou "antes de ser ausentar, a sua total solidariedade com qualquer decisão que o Conselho viesse a tomar". E que seria a resolução do Banif, comunicada praticamente à mesma hora ao país pelo primeiro-ministro, António Costa.
António Varela era administrador não-executivo do Banif, em representação do Estado, no âmbito do apoio estatal dado ao banco fundado por Horácio Roque.
Esta manhã, o ministro das Finanças Mário Centeno anunciou a aprovação, em Conselho de Ministros, de uma proposta de Orçamento Rectificativo que prevê um agravamento da despesa pública em 2,2 mil milhões de euros para pagar o custo do modelo de resolução do Banif.
Prevê-se que a marca do banco madeirense desapareça e que a actividade "saudável" do banco seja integrada no Santander Totta, que se diz disposto a comprá-la por 150 milhões de euros. A conclusão desta operação, que garantirá a manutenção de postos de trabalho, pressupõe que os contribuintes financiem uma recapitalização prévia do Banif de 2,2 mil milhões de euros, que se fará mediante uma injecção directa do Tesouro de 1,8 mil milhões e de um empréstimo de 489 milhões ao Fundo de Resolução, fundo detido pelos bancos a operar em Portugal – e que dizem não terem sido consultados pelo Governo nem pelo Banco de Portugal.