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Bancos funcionavam de forma "leviana" na concessão de crédito, diz Moniz da Maia

O empresário Bernardo Moniz da Maia, e um dos grandes devedores do Novo Banco, foi ouvido no Parlamento no âmbito da comissão parlamentar de inquérito.

Bruno Colaço
30 de Abril de 2021 às 18:07
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Bernardo Moniz da Maia considera que a banca funcionava de forma "leviana" na concessão de crédito, isto antes da crise financeira. As declarações foram feitas pelo empresário, e um dos grandes devedores do Novo Banco, na comissão parlamentar de inquérito.  

"Na época de 2006 e 2007, o sistema financeiro mundial e nacional funcionava" de uma forma "leviana", disse o administrador do grupo Moniz da Maia aos deputados na Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução. 

"Os bancos, presumo eu - e isto é uma mera opinião minha - com o intuito de serem o número um, assediavam - não é bem a palavra certa - e criavam condições, batiam à porta, no sentido de que as pessoas pudessem fazer investimentos para financiar", disse Moniz da Maia quando questionado pelo deputado socialista Eduardo Barroco de Melo. 

O grupo contraiu crédito junto do Banco Espírito Santo para comprar ações do BCP, em 2007, ficando com uma participação de 2,7%. Os títulos foram dados como garantia, mas acabaram depois por desvalorizar. 

Por outro lado, na mesma audição, o empresário afirmou não ter compreendido o porquê de o Novo Banco ter vendido a dívida da família a um fundo estrangeiro com um desconto de 90%.

"Não compreendo que o Novo Banco tenha vendido a dívida da família Moniz da Maia por apenas 10% do valor", referiu o administrador, notando que foram feitas, "por várias vezes, propostas de valores muito superiores" pelo grupo. 

Nesse sentido, disse, "estou aqui como devedor não do BES, nem do Novo Banco, mas de um fundo que não é português e quando tudo fiz para que não se chegasse a este ponto".

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