Notícia
Bancos da Turquia oferecem os empréstimos mais baratos do mundo, mas apenas a alguns
As empresas exportadoras e os pequenos comerciantes têm prioridade no acesso ao crédito barato.
27 de Novembro de 2022 às 18:00
Os bancos turcos estão a oferecer os empréstimos mais baratos do mundo, mas apenas para algumas pessoas e apenas na moeda local, a lira.
De acordo com a Bloomberg, tal deve-se ao facto de os governantes estarem a tentar evitar uma crise económica antes das eleições de 2023, em que o atual presidente Recep Tayyip Erdogan deverá procurar uma reeleição.
Os reguladores estão a forçar a banca comercial a dar prioridade as empresas exportadoras e a pequenos comerciantes – juntos contabilizam cerca de três quartos do mercado de trabalho.
Os bancos podem oferecer empréstimos mais baratos a estes clientes de maior prioridade e emprestar a custos mais elevados a outros. No entanto, o segundo cenário obriga a que comprem uma grande quantidade de dívida pública, o que incentiva pouco estes clientes, considerados pelo regulador como sendo de segunda linha.
Os novos empréstimos para empresas de menor dimensão foram dez vezes mais elevados durante os primeiros dez meses de 2021. Em comparação, os empréstimos a empresas de maior dimensão foram sete vezes mais, de acordo com dados recolhidos pela agência norte-americana junto do banco central da Turquia.
Ainda assim, as empresas que não encaixem nos critérios do governo, incluindo aquelas que têm grandes reservas em moeda estrangeira, estão a ter dificuldades em garantir capital barato.
Reduzir os empréstimos concedidos este ano poderia reduzir o crescimento do país, que está previsto crescer 5% este ano. O impacto da decisão de conceder crédito barato foi mais pronunciado depois de a Turquia ter começado a baixar as taxas de juro em agosto, em linha com os pedidos de Erdrogan. O grande objetivo é evitar uma queda muito grande na lira a seguir a períodos de forte crescimento nos empréstimos.
De acordo com a Bloomberg, tal deve-se ao facto de os governantes estarem a tentar evitar uma crise económica antes das eleições de 2023, em que o atual presidente Recep Tayyip Erdogan deverá procurar uma reeleição.
Os bancos podem oferecer empréstimos mais baratos a estes clientes de maior prioridade e emprestar a custos mais elevados a outros. No entanto, o segundo cenário obriga a que comprem uma grande quantidade de dívida pública, o que incentiva pouco estes clientes, considerados pelo regulador como sendo de segunda linha.
Os novos empréstimos para empresas de menor dimensão foram dez vezes mais elevados durante os primeiros dez meses de 2021. Em comparação, os empréstimos a empresas de maior dimensão foram sete vezes mais, de acordo com dados recolhidos pela agência norte-americana junto do banco central da Turquia.
Ainda assim, as empresas que não encaixem nos critérios do governo, incluindo aquelas que têm grandes reservas em moeda estrangeira, estão a ter dificuldades em garantir capital barato.
Reduzir os empréstimos concedidos este ano poderia reduzir o crescimento do país, que está previsto crescer 5% este ano. O impacto da decisão de conceder crédito barato foi mais pronunciado depois de a Turquia ter começado a baixar as taxas de juro em agosto, em linha com os pedidos de Erdrogan. O grande objetivo é evitar uma queda muito grande na lira a seguir a períodos de forte crescimento nos empréstimos.