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Bancos britânicos em boa posição para suportar um Brexit desordenado

Os testes de stress realizados pelo Banco de Inglaterra foram positivos, com a banca a conseguir ultrapassar até um cenário de Brexit desordenado. Ainda assim, a autoridade alerta um divórcio desordenado juntamente com uma "recessão global severa" poderia empurrar os bancos para além dos limites dos testes de stress.

Neil Hall/Reuters
28 de Novembro de 2017 às 08:21
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Os sete maiores bancos do Reino Unido passaram nos testes de stress realizados pelo Banco de Inglaterra (BoE), cujos resultados mostram que as instituições estão em boa posição para enfrentar até um Brexit desordenado.

Segundo as informações divulgadas esta terça-feira, 28 de Novembro, pela autoridade monetária liderada por Mark Carney, o HSBC, o Lloyds Banking Group, o Nationwide Building Society, o Santander U.K. e o Standard Chartered passaram no exame à sua saúde financeira, enquanto o Barclays e o Royal Bank of Scotland só tiveram luz verde graças às medidas de reforço de capital que implementaram desde o final de 2016.

Embora os testes não tenham incorporado choques económicos especificamente relacionados com a saída do país da União Europeia, confrontaram os bancos com uma queda de 4,7% do produto interno bruto (PIB), uma desvalorização de 27% da libra face ao dólar, uma diminuição de um terço do preço das casas e 40 mil milhões de libras de coimas por má conduta.

"O cenário dos testes de stress engloba, por isso, um vasto conjunto de riscos macroeconómicos no Reino Unido que poderiam estar associados ao Brexit", referiu o Banco de Inglaterra, citado pela Bloomberg. Como resultado, conclui-se que "o sistema bancário britânico pode continuar a apoiar a economia real no caso de um Brexit desordenado".

Contudo, a instituição salienta que um divórcio desordenado – ou seja, sem acordo comercial ou acordo de transição - juntamente com uma "recessão global severa" poderia empurrar os bancos para além dos limites dos testes de stress, forçando-os a encolher as almofadas de capital. Nesse caso, os bancos estariam mais propensos a reduzir o crédito, acrescenta o Banco de Inglaterra.

A autoridade monetária também sinalizou que irá avançar com a exigência de uma reserva adicional de fundos próprios – contracíclica – que, em Junho, antecipou que aumentaria o capital requerido em todo o sistema em 11,4 mil milhões de libras. 

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