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Banco de Portugal aposta em fundo "verde" do BIS
O banco central considera que a participação no fundo "verde" do BIS vai permitir dar "mais um passo na concretização do compromisso de contribuir para o esforço global de promoção dos objetivos ambientais". Isto numa altura em que as alterações climáticas estão na ordem do dia.
"Ao integrar requisitos de sustentabilidade na gestão dos seus ativos de investimento, o Banco de Portugal dá mais um passo na concretização do compromisso de contribuir, no âmbito do seu mandato, para o esforço global de promoção dos objetivos ambientais e, em particular, para o combate às alterações climáticas", afirma o banco liderado por Carlos Costa num comunicado divulgado esta quinta-feira, 26 de setembro.
De acordo com o BIS, este fundo foi criado em resposta ao aumento da procura pelas chamadas "green bonds" por parte de entidades institucionais, "ajudando os bancos centrais a integrar objetivos de sustentabilidade ambiental na gestão das suas reservas".
"Estamos confiantes de que, ao agregarmos o poder de investimento dos bancos centrais, poderemos influenciar o comportamento dos participantes do mercado e ter algum impacto na forma como se desenvolvem os padrões dos investimentos 'verdes'", afirmou Peter Zöllner, responsável do BIS.
O BIS refere explica que este fundo conta com o "apoio de um comité consultivo composto por um grupo de bancos centrais a nível global". O Banco de Portugal é uma das entidades que participa nesta entidade, ajudando a "definir as caraterísticas e as orientações deste novo fundo de investimento, destinado exclusivamente a bancos centrais", refere o banco central.
As obrigações elegíveis para este fundo têm de cumprir determinados critérios, nomeadamente ter, no mínimo, rating A- e seguir os princípios da ICMA (International Capital Markets Association).