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Banca espanhola perde 55 mil empregos
A banca espanhola deverá perder 55 mil postos de trabalho entre 2008, ano em que o emprego no sector atingiu o máximo histórico.
A banca espanhola deverá perder 55 mil postos de trabalho entre 2008, ano em que o emprego no sector atingiu o máximo histórico, e 2015, prazo máximo para a execução das medidas de reestruturação impostas por Bruxelas. Os responsáveis dos sindicatos do sector assim como académicos, citados pelo "El País", admitem que o emprego no sector financeiro recue para um nível abaixo do verificado no início dos anos 1980, na sequência da crise bancária.
A maior redução ocorrerá nas "cajas de ahorros", onde se espera a eliminação de mais de 35 mil empregos, contra mais de 15 mil nos bancos, adiantava o diário espanhol esta terça-feira. Um movimento que terá reflexos na rede de distribuição, com o encerramento de mais 5.000 balcões, o que deverá reduzir a menos de 35 mil agências a capacidade instalada do sector.
Parte deste esforço de racionalização resultará das condições impostas por Bruxelas para autorização do apoio do Estado ao Bankia, NCG Banco, BMN e Liberbank. De acordo com as contrapartidas impostas pela Direcção-geral da Concorrência da União Europeia, as quatro instituições terão de concentrar-se nas regiões de origem, o que implicará o encerramento de 1.700 sucursais. Deste número, 1.200 serão fechadas pelo Bankia, instituição cujas dificuldades financeiras ditaram o resgate à banca espanhola.
Em paralelo, os bancos sujeitos às exigências de Bruxelas terão de reduzir os quadros de pessoal. O Bankia anunciou que vai dispensar 6.000 colaboradores e o NCG tem de cortar 2.500. Mesmo instituições que não estão sob pressão europeia vão seguir a tendência: o Santander eliminará 3.000 empregos devido à fusão com o Banesto, enquanto o Banco de Valencia dispensará mais 890 trabalhadores, a somar aos 360 despedidos antes de ter apoio estatal.