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"Bad bank" vai ser liquidado e integrar BES Angola

O BESA será um dos activos que vai ser transferido para o "bad bank", a instituição que ficará nas mãos dos actuais accionistas do Banco Espírito Santo.

Reuters
03 de Agosto de 2014 às 21:49
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O Banco Espírito Santo Angola (BESA) vai ser transferido para o "bad bank", veículo que agrupará os activos considerados tóxicos e que será separado do resto da instituição.

 

Segundo apurou o Negócios, este "bad bank", ou banco mau, que vai ficar com o nome do BES, passou a deter todos os activos de empresas em dificuldades, nomeadamente as dívidas do grupo GES, assim como a participação no BES Angola.

 

Este "bad bank" vai depois entrar num processo de liquidação, sendo gerido por uma comissão liquidatária, sendo que o produto deste processo será para os accionistas do banco.

 

Os accionistas do BES assim como os detentores de obrigações subordinadas perdem tudo, ficando donos do 'bad bank'.

 

O 'bad Bank' ou o 'BES mau' entra em liquidação e passará a ser gerido por um administrador de falências.

 

De acordo com uma notícia do Expresso a 19 de Julho, o próprio Presidente de Angola, Eduardo dos Santos, assinou "pela própria mão" a garantia de 5,7 mil milhões de dólares ao BESA que protege o BES.

 

O plano para solucionar os problemas do BESA, causados por más práticas de concessão de crédito – ao ponto de mais de 70% da carteira apresentar sérios riscos de incumprimento e ter necessitado de uma garantia soberana de Luanda –, estava a ser desenhado para salvaguardar o BES, de forma a que o banco agora liderado por Vítor Bento não tivesse de registar qualquer imparidade extraordinária relacionada com o banco angolano. Sendo que o BES tem uma linha de financiamento de 3.000 milhões de euros ao BESA. Luanda já terá manifestado a intenção de ir reembolsando o banco de Vítor Bento, num prazo alargado. Havendo um compromisso assumido nesse sentido, o BES fica salvaguardado da sua maior exposição ao BESA.

 

Nos primeiros três meses do ano, o BES Angola teve perdas de 15 milhões, valor que deverá aumentar no primeiro semestre. Estes prejuízos resultaram sobretudo da necessidade de aumentar as imparidades para a componente da carteira de crédito do BESA que não beneficia da garantia soberana.

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