Notícia
Auditores forçam Popular a prever prejuízo de 2.000 milhões
O banco espanhol modificou as suas estimativas oficiais para o exercício de 2016, reflectindo novos riscos para a sua actividade. As novas previsões são de resultados negativos em torno de 2.000 milhões de euros.
Negócios
27 de Maio de 2016 às 12:57
O Banco Popular reviu as previsões incluídas no relatório e contas do primeiro trimestre deste ano, actualizando os riscos que enfrenta na sua operação. Uma medida exigida pelos auditores, numa altura em que o banco espanhol anunciou um aumento de capital de 2,5 mil milhões de euros que provocou uma queda abrupta e histórica do seu valor em bolsa.
No documento, o banco liderado por Ángel Ron estima que possa fechar 2016 com um resultado líquido negativo de cerca de 2.000 milhões de euros, na sequência de provisões que podem chegar a 4.700 milhões de euros devido a uma multiplicidade de factores de risco.
Entre os riscos actualizados pelo banco, na sequência das exigências dos auditores, estão o cenário de incerteza política e económica em Espanha, o agravamento das previsões macro-económicas mundiais, a instabilidade dos mercados financeiros ou o impacto das taxas de juro baixas na rentabilidade do sector. E ainda a incerteza sobre litígios relacionados com as taxas de juro mínimas cuja legalidade o Tribunal de Justiça Europeu está a avaliar. Se a decisão for de nulidade destas cláusulas (que travam a descida dos juros de referência nas prestações dos créditos imobiliários), o Banco Popular poderá ter de absorver perdas para as quais provisionou agora 684 milhões de euros, contra os 350 milhões provisionados anteriormente.
No mesmo relatório e contas actualizado, o Banco Popular esclarece que o prejuízo estimado de 2.000 milhões ficará coberto "integralmente", para efeitos de solidez, pelo aumento de capital de 2.500 milhões de euros anunciado esta quinta-feira, 27 de Maio. E também "pela suspensão temporária da distribuição de dividendo de forma a enfrentar o referido contexto de incertezas com a maior solidez possível".
O Banco Popular sofreu na quinta-feira a maior queda em bolsa da sua história (-26%), depois de anunciar o aumento de capital de 2.500 milhões de euros com um desconto de 45%, depois de terem sido identificadas necessidades de capital para cobrir insuficiências de balanço relacionadas com a existência de activos problemáticos, sobretudo no sector imobiliário.
O banco espanhol tem uma importante presença em Portugal, contando, no final de 2015, com 169 balcões e 1162 trabalhadores no mercado português. E esteve recentemente na corrida pelo Banif, acabando por desistir.
As acções do Banco Popular seguem a cair 4,91% para 1,65 euros.
No documento, o banco liderado por Ángel Ron estima que possa fechar 2016 com um resultado líquido negativo de cerca de 2.000 milhões de euros, na sequência de provisões que podem chegar a 4.700 milhões de euros devido a uma multiplicidade de factores de risco.
No mesmo relatório e contas actualizado, o Banco Popular esclarece que o prejuízo estimado de 2.000 milhões ficará coberto "integralmente", para efeitos de solidez, pelo aumento de capital de 2.500 milhões de euros anunciado esta quinta-feira, 27 de Maio. E também "pela suspensão temporária da distribuição de dividendo de forma a enfrentar o referido contexto de incertezas com a maior solidez possível".
O Banco Popular sofreu na quinta-feira a maior queda em bolsa da sua história (-26%), depois de anunciar o aumento de capital de 2.500 milhões de euros com um desconto de 45%, depois de terem sido identificadas necessidades de capital para cobrir insuficiências de balanço relacionadas com a existência de activos problemáticos, sobretudo no sector imobiliário.
O banco espanhol tem uma importante presença em Portugal, contando, no final de 2015, com 169 balcões e 1162 trabalhadores no mercado português. E esteve recentemente na corrida pelo Banif, acabando por desistir.
As acções do Banco Popular seguem a cair 4,91% para 1,65 euros.