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Assunção Cristas quer saber “exactamente” a situação da capitalização da CGD

A presidente do CDS-PP disse que "gostaria de saber exactamente" qual a situação da capitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e deseja que a nova administração trabalhe "em prol do país" e da economia.

Isabel Santiago Henriques
16 de Abril de 2016 às 12:27
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"Eu gostaria de saber exactamente qual é a dimensão da situação e do problema que temos na CGD no que respeita à capitalização", disse hoje aos jornalistas Assunção Cristas, quando questionada sobre o novo nome que, segundo o jornal Expresso, terá sido indicado para a presidência do banco público, António Domingues: vice-presidente do BPI.

De acordo com o Expresso, o nome de António Domingues já terá sido comunicado ao supervisor europeu.

Para a líder nacional do CDS-PP é "importante" perceber "como é que essa capitalização vai ser feita, como é que as autoridades Europeias estão a ver esta questão".

"Sabemos que há dúvidas, que é um tema difícil, mas eu gostaria de ver como é que estamos a progredir nesse dossier e, o CDS, certamente, continuará a estar atento a esta matéria", frisou.

Assunção Cristas, que falava em Mêda, antes do início do Conselho Nacional do CDS-PP que decorre naquela cidade do distrito da Guarda, referiu ainda que a CGD é, como todo o sistema bancário, "uma preocupação" e "precisa de ser capitalizada".

"Há desafios acerca dessa capitalização, precisamos [de] saber quanto, em concreto, é que estamos a falar de necessidade de capital para a Caixa. São dois mil milhões de euros, são três mil milhões de euros, é mais do que isso?", declarou.

A líder disse aos jornalistas que sobre este assunto já ouviu "números muito variados" e que é necessário uma clarificação.

"É importante clarificarmos de quanto estamos a falar e é importante também saber se na Europa a DGCOM nos deixa fazer a capitalização totalmente pública como eu acho, e neste aspecto de acordo com o Governo, que tem de ser", referiu.

Depois de referir que o CDS "sempre" defendeu uma CGD 100% pública, afirmou: " Se é preciso capitalizar tem de ser também com recursos exclusivamente públicos".

"Há dúvidas no que respeita ao enquadramento dos auxílios de Estado. Eu penso que o país se deve bater para que possa fazer uma capitalização 100% pública e que não seja beliscada por essas regras dos auxílios do Estado", concluiu.

Quanto à nomeação do novo presidente para a CGD, Assunção Cristas lembrou que a mesma "é da competência exclusiva do Governo".

"E, nessa medida, eu só posso desejar que tenha sido efectivamente uma boa escolha e que o trabalho se desenvolva em prol do país e da economia portuguesa", referiu.

Também desejou que a nova administração "corra bem, funcione bem, e consiga levar avante a sua missão".

"Precisamos de um banco público que esteja ao lado das nossas empresas, das nossas pequenas e médias empresas, que seja um aliado do crescimento económico. São as empresas quem cria emprego e, nessa medida, termos uma Caixa fortalecida e capaz de ser um aliado do crescimento é para nós muito importante e é para o CDS certamente também uma prioridade", concluiu.

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