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Aquisição do Credit Suisse é o cenário mais provável e UBS o candidato favorito, diz JP Morgan
Outro cenário passaria pelo encerramento do segmento de investimento do Credit Suisse. Porém, para os analistas esta medida pode não ser suficiente para conter e aliviar a preocupação do mercado.
Os analistas do JP Morgan Chase acreditam que a solução mais provável para resolver os problemas do Credit Suisse será a aquisição do banco, sendo o rival UBS a principal opção, segundo a nota citada pela Bloomberg.
Os especialistas liderados por Kian Abouhossein colocam três cenários em cima da mesa, perante a crise de confiança que está a afetar a instituição financeira.
Após a aquisição, poder-se-á verificar uma abertura do capital ou a autonomização da unidade suíça do banco, avaliada em 10 mil milhões de francos suíços (10,16 mil milhões de euros).
Outro cenário passaria pelo encerramento do segmento de investimento do Credit Suisse. Porém, para os analistas esta medida pode não ser suficiente para conter e aliviar a preocupação do mercado.
Por fim, a terceira hipótese seria o Banco Nacional Suíço injetar capital ou apresentar uma garantia que abrangesse todos os depósitos custodiados pelo Credit Suisse, porém o JP Morgan deixa um alerta: esta solução seria uma desilusão para os atuais acionistas da instituição financeira.
Na madrugada desta quinta-feira, poucas horas após o Banco Nacional Suíço (SNB) ter indicado que iria garantir liquidez ao Credit Suisse "se fosse necessário", o Credit Suisse anunciou que vai recorrer a financiamento junto do banco central helvético até um valor de 50 mil milhões de francos suíços (cerca de 51 mil milhões de euros ao câmbio atual).
A análise da situação por parte do JP Morgan sucede outra avaliação da Morningstar que aponta para a necessidade do Credit Suisse realizar um novo aumento de capital.
De forma a estabilizar o banco, as autoridades suíças estão em conversações com o banco, segundo avançou esta quarta-feira a Bloomberg. Uma aliança com o "rival" UBS é uma das hipóteses.
O presidente do maior banco comercial da Arábia Saudita reiterou que não levaria a sua participação além dos atuais 9,9%, algo que Ammar al-Khudairy disse na quarta-feira e que levou as ações da instituição a cair a pique.
Já esta quinta feira, o presidente do Banco Nacional Saudita, principal acionista do Credit Suisse, afirmou que o "pânico" criado em torno do banco suíço é "injustificado" e que nunca houve conversações entre as duas entidades sobre a necessidade de "assistência" ao banco europeu.