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Antigo embaixador dos EUA vai para o Novo Banco

Robert Sherman, que antecedeu no cargo Edward Glass - o actual titular da representação diplomática norte-americana - vai integrar o conselho geral e de supervisão do Novo Banco, avança o Eco.

Bruno Simão/Negócios
13 de Outubro de 2017 às 08:52
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O antigo embaixador dos Estados Unidos em Portugal, que até Janeiro passado desempenhou o cargo - antes da eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA -, está de regresso ao país para integrar os órgãos do Novo Banco, sob alçada da Lone Star.

A notícia é avançada pelo Eco, que refere que Robert Sherman vai integrar o conselho geral e de supervisão da instituição (que sucede ao conselho de administração), totalmente composto por membros estrangeiros. O jornal digital acrescenta que se aguarda pela validação do seu nome por parte da Autoridade de Supervisão Europeia.

Robert Sherman chegou a Lisboa a 5 de Abril de 2014 para ocupar a chefia da presença diplomática dos EUA em Portugal, tendo sido um embaixador político e não um diplomata de carreira - ao contrário do que tem acontecido nas duas últimas décadas no país.

O futuro novo membro do conselho de supervisão do Novo Banco é advogado de profissão, natural de Boston, e esteve envolvido na litigação do caso de pedofilia "Spotlight", que deu origem ao filme com o mesmo nome: foi ele quem negociou pessoalmente as indemnizações de 90 das vítimas de abusos sexuais por membros do clero.

Durante a sua estadia em Portugal, um dos pontos principais da sua agenda foi a promoção do acordo de comércio Tratado Transatlântico (TTIP) entre os Estados Unidos e a União Europeia, que tem estado a ser negociado por Washington e Bruxelas nos últimos anos.

Foi também um adepto da Selecção Nacional de Futebol durante o Europeu de 2016 que haveria de dar a vitória a Portugal, colocando nas redes sociais vários vídeos de apoio à equipa das quinas.

O nome de Sherman junta-se assim a outros membros estrangeiros daquele órgão interno do Novo Banco que já tinham sido dados a conhecer igualmente pelo Eco: o chairman do banco será o inglês Byron Haynes, juntando-se ao conselho geral de supervisão também Donald Quintin, Benjamin Dickgiesser e Kambiz Nourbakhsh, com ligações ao fundo norte-americano Lone Star, que deverá assumir o herdeiro dos activos saudáveis do Novo Banco.

Ao contrário do conselho geral de supervisão, a comissão executiva do banco que há três anos sucedeu ao Banco Espírito Santo não contará com membros estrangeiros, sendo assim todos os membros de nacionalidade portuguesa, como deu a conhecer no domingo passado o comentador televisivo Marques Mendes, na SIC.

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