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Anbang ganha corrida pelo Novo Banco

O grupo segurador chinês Anbang foi escolhido para negociar em exclusivo com o Banco de Portugal a compra do Novo Banco, apurou o Negócios. Em função do desfecho desta fase negocial, Carlos Costa admite negociar com a Apollo.

Bruno Simão/Negócios
12 de Agosto de 2015 às 15:50
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A Anbang vai negociar em exclusivo a compra do Novo Banco. Foi esta a decisão tomada pelo Banco de Portugal que, em função do desfecho das negociações, admite ainda recuperar a proposta do grupo norte-americano Apollo para uma segunda ronda negocial, sabe o Negócios.

 

De fora da corrida à compra do banco que herdou os activos saudáveis do BES está o conglomerado chinês Fosun, que controla a Fidelidade e a Luz Saúde.

 

Contactado pelo Negócios, o Banco de Portugal não quis fazer comentários.

 

De acordo com a informação que tem sido avançada pela imprensa, o grupo chinês Anbang foi o que apresentou a oferta de compra para o Novo Banco de valor mais elevado, podendo rondar os 4.000 milhões de euros. No entanto, neste montante deverá estar incluído um valor para capitalizar o banco de transição.

A Angbang, que é o maior grupo segurador chinês, ganhou notoriedade internacional com a aquisição do mítico hotel de Nova Waldorf Astoria, por 1,95 mil milhões de dólares (1,78 mil milhões de euros). Entre as aquisições da companhia contam-se ainda uma seguradora belga (Fidea) e outra holandesa (Vivat), e um pequeno banco belga (Delta Lloyd Bank).

Nesta terceira fase da alienação do Novo Banco os candidatos foram convidados pelo regulador liderado por Carlos Costa a apresentar melhorias às suas propostas, seja no encaixe a receber pelo fundo de resolução, accionista único do Novo Banco, seja nas condições avançadas.

 

Segundo o caderno de encargos, a terceira fase, que está a decorrer desde 17 de Abril, é a da entrega de propostas vinculativas: "os potenciais compradores cujas propostas não-vinculativas tenham sido seleccionadas, serão convidados a apresentar propostas vinculativas em uma ou mais rondas sucessivas, podendo haver lugar a negociação e à exclusão de potenciais compradores".

 

Em Abril, foram convidadas cinco entidades: Anbang, Fosun, Apollo, Santander e Cerberus. Santander e Cerberus ficaram para trás. O preço é o critério mais importante na venda do Novo Banco, constituído a 3 de Agosto de 2014 no âmbito do resgate ao Banco Espírito Santo, segundo o caderno de encargos. Segue-se a disponibilidade para comprar todo o grupo Novo Banco e ainda o plano estratégico. 

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