Notícia
Ainda sem substituto, CEO do Danske Bank foi afastado
O conselho de administração do Danske Bank decidiu afastar já Thomas Borgen. O agora ex-CEO do banco, que se demitiu devido a um escândalo de lavagem de dinheiro, deveria ter ficado até ser encontrado um substituto.
O Danske Bank voltou atrás e decidiu afastar de imediato Thomas Borgen. O CEO do banco apresentou a demissão no mês passado devido a um escândalo de lavagem de dinheiro que assolou a maior instituição financeira da Dinamarca. Borgen deveria ter ficado até que fosse encontrado um substituto, mas a administração decidiu antecipar a sua saída.
De acordo com o Financial Times, o "chairman" do Danske Bank, Ole Andersen, afirmou que o conselho de administração decidiu que o líder do banco deveria ser alguém que vai continuar dentro da instituição financeira. Neste sentido, decidiu afastar de imediato Thomas Borgen.
O agora ex-CEO do Danske Bank vai receber 12 meses de salário, o que em 2017 corresponde a 1,79 milhões de dólares. De acordo com a política de remuneração do banco, o pagamento não deve incluir bónus ou pensão.
Jesper Nielsen, responsável do banco, foi nomeado presidente executivo interino. Contudo, o banco já fez saber que Nielsen não ficará de forma permanente no cargo de CEO.
Estas notícias são avançadas depois de um conselheiro dos accionistas - Hermes EOS – ter pedido ao conselho de administração do Danske para considerarem a possibilidade de processarem os executivos devido à alegada lavagem de dinheiro.
"O conselho precisa de avaliar se a gestão violou algum dos seus deveres e se deve ser responsabilizada", afirmou Hans Hirt, presidente da Hermes EOS, ao Financial Times.
Foi no mês passado que Thomas Borgen, CEO do Danske Bank, se demitiu, no âmbito do escândalo de lavagem de dinheiro que assolou o banco. Os números revelaram que passaram pela unidade da Estónia 200 mil milhões de euros, entre 2007 e 2015, estando a maior parte das operações sob suspeita.