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Abanca com lucros de 143 milhões de euros após reforçar provisões em 211 milhões

O banco galego registou uma quebra dos lucros nos primeiros nove meses do ano, face ao período homólogo, devido ao reforço das provisões para responder à pandemia.

Juan Carlos Escotet, do Abanca, admitiu interesse numa posição de controlo do EuroBic.
Lavandeira Jr./EPA
03 de Novembro de 2020 às 12:43
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O Abanca registou uma quebra dos lucros nos primeiros nove meses do ano, face ao período homólogo. Passou de um resultado positivo de 401,9 milhões de euros em setembro de 2019 para 143,4 milhões até setembro deste ano, num período em que reforçou as provisões para responder à pandemia.

"O Abanca obteve nos primeiros nove meses do ano um resultado líquido atribuível de 143,4 milhões de euros, após realizar provisões de 210,8 milhões de euros para reforçar a sua posição financeira perante a crise covid-19", de acordo com um comunicado do banco galego divulgado esta terça-feira, 3 de novembro. 

Já a margem financeira cresceu 10,3%, enquanto as receitas de serviços aumentaram 19,1%, resultando num crescimento de 12,5% da margem básica, indica o Abanca. Descontando o resultado de operações financeiras, a margem antes de provisões melhorou 16,6%. O resultado atribuível situou-se em 143,4 milhões de euros apesar do efeito do reforço de provisões.

Por outro lado, o volume de negócios cresceu 5,7% em relação ao período homólogo, para 89.583 milhões de euros. Incluindo a contribuição correspondente à aquisição do Bankoa, o Grupo Abanca o volume de negócios supera os 93.000 milhões de euros.

Quanto ao crédito concedido aos clientes, este aumentou 7,6% para 38.503 milhões de euros. "O núcleo da carteira é constituído por itens correspondentes ao financiamento de famílias e empresas, que representam 45% e 38% do total, respetivamente", refere a instituição financeira que esteve na corrida para comprar o EuroBic. 

Os recursos dos clientes também aumentaram. "O Abanca gere agora um total de 50.266 milhões de euros em recursos de clientes, que cresceram 4,9% desde setembro de 2019. No mesmo período, os depósitos de clientes aumentaram 7,3% para 40.812 milhões de euros", afirma a entidade.

O rácio de capital total situava-se em 16,3% no final de setembro. "Esta posição representa 407 pontos base (1.214 milhões) acima do nível exigido", nota. Já o rácio de capital CET1 era de 13,3%.
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