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Novo Banco passa a prejuízo de 93 milhões nos primeiros três meses do ano

O banco liderado por António Ramalho viu os resultados caírem no primeiro trimestre para um prejuízo de 93,1 milhões. Nos primeiros três meses do ano anterior, o Novo Banco tinha registado um lucro de 70,4 milhões de euros.

Tiago Petinga/Lusa
17 de Maio de 2019 às 17:13
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O Novo Banco passou de lucro a prejuízo no arranque do ano. Nos primeiros três meses, o banco liderado por António Ramalho registou um resultado negativo de 93,1 milhões euros. Isto depois de ter terminado o ano passado com um prejuízo de 1.412 milhões de euros. 

Nos primeiros três meses de 2017, o banco registou lucros de 70,4 milhões de euros, tendo reexpresso o número "por forma a refletir a alteração do registo inicial de passivos relacionados com a operação de LME concretizada no último trimestre de 2017", com o objetivo de "assegurar a comparabilidade e consistência dos dados apresentados". Antes, os lucros indicados eram de 60,9 milhões de euros.

As perdas para o primeiro trimestre, explica o banco no comunicado divulgado esta sexta-feira, 17 de maio, à CMVM, estão "em linha com o plano estratégico e com os compromissos assumidos com as autoridades europeias". 

A margem financeira cresceu de 106,9 milhões para 124,7 milhões de euros entre janeiro e março deste ano. Ainda assim, este indicador não contou com o contributo positivo das comissões. Estas recuaram de 93,1 milhões para 85,5 milhões. 

Esta quebra pode ser explicada pela descida do produto bancário. De acordo com o banco, este caiu 17,7% para 261,6 milhões de euros. Já o resultado operacional desceu 31,9% para 95,1 milhões de euros no período em análise. 

Também os custos operacionais sofreram um aumento para 272 milhões de euros. Isto em comparação com 159,7 milhões no primeiro trimestre. Esta evolução pode ser explicada pelo aumento significativo das provisões. De acordo com o banco, as provisões líquidas de anulações passaram de 7 milhões para 67 milhões de euros. 

A instituição financeira nota, contudo, que o "resultado do primeiro trimestre de 2019 não compara adequadamente com o resultado do período homólogo do ano anterior, uma vez que este último incluía um efeito positivo das atividades em descontinuação resultante, nomeadamente, da classificação da GNB Vida como atividade em descontinuação". Este impacto favorável nos resultados do trimestre homólogo foi, segundo o banco, de 51,2 milhões de euros. 

Banco recorrente aumenta lucros

Nos resultados trimestrais, o Novo Banco voltou a dividir a entidade entre o "banco recorrente", no qual estão incluídos os ativos considerados estratégicos, e o "banco legado", que contém os ativos para venda.

"O Novo Banco recorrente registou um resultado positivo antes de impostos de 85,4 milhões de euros, que evidencia uma recuperação face ao resultado apresentado para todo o ano de 20182, de 2,2 milhões, refere a entidade liderada por António Ramalho. 

Já a margem financeira cresceu 33,4%, "reflexo das medidas de otimização concretizadas durante o exercício de 2018, nomeadamente as relacionadas com a redução do custo dos recursos". Relativamente às comissões, estas recuaram para 71,4 milhões, face a 77,4 milhões em março de 2015, o que representa uma descida de 7,7%. 

Quanto ao "banco legado", o resultado antes de impostos foi negativo em 142 milhões de euros, "influenciado pelo reforço de imparidades", bem como pelas "provisões para reestruturação e para o projeto de venda de ativos não produtivos em Espanha", conhecido como projeto Albatroz. Em causa está uma carteira de 400 milhões de crédito malparado. 

(Notícia atualizada com mais informação às 18:07)

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