Notícia
Volskwagen paga 9 milhões para encerrar processo contra dois dirigentes pelo 'dieselgate'
O grupo aceitou assumir o pagamento, porque não identificou "faltas aos deveres para com a empresa" da parte de Diess ou Pötsch, que estavam acusados de terem informado demasiado tarde os investidores da fraude nas viaturas a diesel.
20 de Maio de 2020 às 00:47
A justiça alemã encerrou um processo contra o CEO da Volskwagen (VW), Herbert Diess, e o "chairman", Hans Dieter Pötsch, em troca do pagamento, pela empresa, de nove milhões de euros.
A notícia, divulgada na terça-feira, respeita a um processo judicial resultante da manipulação dos mercados financeiros, ligada ao escândalo conhecido como 'dieselgate'.
"O conselho de supervisão saúda o fim do processo" da procuradoria de Brunswick, no norte, visando os dois mais altos responsáveis do grupo Volkswagen, que estavam, desde setembro de 2019, na antecâmara de um julgamento no quadro do escândalo dos motores diesel adulterados, indicou um porta-voz.
O grupo aceitou assumir o pagamento, porque não identificou "faltas aos deveres para com a empresa" da parte de Diess ou Pötsch, que estavam acusados de terem informado demasiado tarde os investidores da fraude nas viaturas a diesel.
"Os conselheiros jurídicos e os representantes da empresa são da opinião de que as acusações contra Pötsch e Diess não têm fundamento", especificou a fonte do grupo. "É no interesse do grupo acabar com este processo", acrescentou o porta-voz.
No final de setembro, a procuradoria tinha acrescentado os nomes destes dois dirigentes, por "manipulação de cotações bolsistas", ao do antigo CEO Martin Winterkorn, que já estava acusado de "fraude agravada".
O acordo não inclui Winterkorn e os seus advogados não se pronunciaram quando questionados pela AFP.
Pötsch continua sob investigação pela procuradoria de Estugarda, por manipulação dos mercados. O antigo presidente da marca Audi, Rupert Stadler, também está à espera de ser processado.
O escândalo rebentou em setembro de 2015, quando depois de acusações da agência de defesa do ambiente norte-americana (EPA, na sigla em inglês), a Volkswagen reconheceu ter manipulado 11 milhões de veículos com um programa informático capaz de os fazer aparecer menos poluentes em testes de laboratório do que na estrada.
O atual CEO do grupo, Herbert Diess, era então o diretor da marca VW e Pötsch o diretor financeiro, sob a autoridade de Winterkorn.
O 'dieselgate' já custou mais de 30 mil milhões de euros ao construtor alemão, que procura desde então recuperar a imagem, através de uma aposta no carro elétrico.
O essencial desta soma paga pelo grupo VW - relativos a custos jurídicos, multas e indemnizações - foi desembolsado nos EUA, em particular para indemnizações generosas a clientes para comprarem viaturas.
Na Alemanha, o grupo já pagou três multas, com um total de 2,3 mil milhões de euros.
No final de abril fechou-se outra vertente deste escândalo tentacular. No quadro de um acordo, a VW vai pagar pelo menos 750 milhões de euros para reembolsar 235 mil clientes, agrupados num processo inédito na Alemanha, similar a uma 'class action' nos EUA.
Em curso está outra ação similar, com investidores a reclamarem indemnizações, no quadro de um procedimento coletivo, apresentado em setembro de 2018, e que se deve prolongar por mais alguns meses.
A notícia, divulgada na terça-feira, respeita a um processo judicial resultante da manipulação dos mercados financeiros, ligada ao escândalo conhecido como 'dieselgate'.
O grupo aceitou assumir o pagamento, porque não identificou "faltas aos deveres para com a empresa" da parte de Diess ou Pötsch, que estavam acusados de terem informado demasiado tarde os investidores da fraude nas viaturas a diesel.
"Os conselheiros jurídicos e os representantes da empresa são da opinião de que as acusações contra Pötsch e Diess não têm fundamento", especificou a fonte do grupo. "É no interesse do grupo acabar com este processo", acrescentou o porta-voz.
No final de setembro, a procuradoria tinha acrescentado os nomes destes dois dirigentes, por "manipulação de cotações bolsistas", ao do antigo CEO Martin Winterkorn, que já estava acusado de "fraude agravada".
O acordo não inclui Winterkorn e os seus advogados não se pronunciaram quando questionados pela AFP.
Pötsch continua sob investigação pela procuradoria de Estugarda, por manipulação dos mercados. O antigo presidente da marca Audi, Rupert Stadler, também está à espera de ser processado.
O escândalo rebentou em setembro de 2015, quando depois de acusações da agência de defesa do ambiente norte-americana (EPA, na sigla em inglês), a Volkswagen reconheceu ter manipulado 11 milhões de veículos com um programa informático capaz de os fazer aparecer menos poluentes em testes de laboratório do que na estrada.
O atual CEO do grupo, Herbert Diess, era então o diretor da marca VW e Pötsch o diretor financeiro, sob a autoridade de Winterkorn.
O 'dieselgate' já custou mais de 30 mil milhões de euros ao construtor alemão, que procura desde então recuperar a imagem, através de uma aposta no carro elétrico.
O essencial desta soma paga pelo grupo VW - relativos a custos jurídicos, multas e indemnizações - foi desembolsado nos EUA, em particular para indemnizações generosas a clientes para comprarem viaturas.
Na Alemanha, o grupo já pagou três multas, com um total de 2,3 mil milhões de euros.
No final de abril fechou-se outra vertente deste escândalo tentacular. No quadro de um acordo, a VW vai pagar pelo menos 750 milhões de euros para reembolsar 235 mil clientes, agrupados num processo inédito na Alemanha, similar a uma 'class action' nos EUA.
Em curso está outra ação similar, com investidores a reclamarem indemnizações, no quadro de um procedimento coletivo, apresentado em setembro de 2018, e que se deve prolongar por mais alguns meses.