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Torres Couto: Greve é "extremamente grave" e PCP "tomou as rédeas" da Autoeuropa

O antigo líder da UGT, central sindical ligada ao PS, defende que a greve é "uma tentativa da CGTP – e através dela o PCP – ganharem espaço negocial com o Governo", mas que os trabalhadores podem vir a ser "perdedores".

Correio da Manhã
30 de Agosto de 2017 às 10:22
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O ex-secretário-geral da UGT considera "extremamente preocupante e grave" a paralisação da Autoeuropa que está a realizar-se esta quarta-feira, 30 de Agosto, e considera que a convocação da greve se trata de uma guerra política para a CGTP ganhar espaço negocial com o Governo.

"Eu felicito a CGTP e o seu coordenador, o Arménio Carlos, por esta vitória.  Mas tenho que lembrar a CGTP que esta vitória poderá ser uma tremenda vitória de Pirro," afirmou Torres Couto aos microfones da TSF.

"É uma tentativa da CGTP – e através dela o PCP – ganharem espaço negocial com o Governo, com o PS mas também com o BE (…). A partir da agora o PC tomou as rédeas dessa empresa," afirmou, numa referência à perda de influência do Bloco de Esquerda, a quem o anterior presidente da comissão de trabalhadores, António Chora, está ligado.

Torres Couto considera que se trata de uma "jogada política clássica" a que assistiu enquanto líder da União Geral de Trabalhadores, mas alerta que na sequência destas "jogadas" houve sempre um perdedor: "Os trabalhadores destas empresas que acabaram por ir para o desemprego e essas empresas perderem a sua importância e estratégia".

Os trabalhadores da Autoeuropa iniciaram esta quarta-feira de manhã o segundo turno de greve contra o trabalho aos sábados, que teve início às 23:30 de terça-feira e termina às 00:00 de quinta-feira.

Fonte sindical disse à Lusa que a fábrica "está completamente paralisada em todas as secções".

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