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Trabalhadores da Autoeuropa querem marcha-atrás nos sábados obrigatórios

Os plenários convocados pelo sindicato SITE Sul, afecto à CGTP, aprovaram uma resolução a pedir à administração que recue na obrigatoriedade de trabalhar ao sábado para produzir o T-Roc.

28 de Agosto de 2017 às 18:06
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Os trabalhadores da Autoeuropa querem que a administração recue na sua intenção de tornar obrigatório o trabalho ao sábado. O dia de trabalho ao sábado, previsto a partir do início de 2018, vai servir para aumentar a produção devido ao novo modelo da fábrica da Volkswagen: o SUV T-Roc. 

A exigência foi aprovada em dois plenários de trabalhadores da fábrica de Palmela esta segunda-feira, 28 de Agosto. Os dois plenários contaram com a presença de cerca de 3.000 trabalhadores segundo os dados avançados ao Negócios pelo sindicato SITE Sul, afecto à CGTP. A resolução votada foi aprovada com um voto contra e sete abstenções.

"Esperamos que a administração da Autoeuropa saiba ler o resultado dos dois plenários e que retire a proposta que tem em cima da mesa de alteração de horário de trabalho", disse ao Negócios Eduardo Florindo, responsável do SITE Sul. 

O sindicalista sublinha que a questão central do diferendo laboral entre os trabalhadores e a administração é a obrigatoriedade de trabalhar aos sábados e não o modelo de remuneração proposto pela direcção da fábrica e que acabou por ser rejeitado por 75% dos votantes num referendo realizado aos trabalhadores da fábrica.

A greve de 30 de Agosto continua de pé e que não existem, para já, mais dias de paragem previstos além desta semana. O sindicato vai agora pedir uma reunião à administração da fábrica da Volkswagen.

O T-Roc foi apresentado mundialmente no dia 23 de Agosto. O automóvel começa a chegar aos stands a partir de Novembro, com os preços a começarem nos 25 mil euros.

O impasse laboral na Autoeuropa já levou o director-geral da fábrica da Volkswagen a alertar que a sede da Volkswagen pode decidir deslocalizar parte da produção do T-Roc, se não houver acordo em Palmela.

Desta forma, a deslocalização de parte da produção "é um cenário que pode estar em cima da mesa, mas tanto a administração como a equipa da Autoeuropa irão fazer todo o possível para evitar esse cenário e manter toda a produção do carro em Portugal", disse Miguel Sanches em entrevista ao Jornal de Negócios.

Já o presidente da marca Volkswagen, Herbert Diess, disse acreditar que trabalhadores e administração vão chegar em breve a um acordo.

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