Notícia
Tesla vê vendas do Model Y fabricado na China mais do que duplicar em maio
Os registos do SUV desportivo da Tesla, que é fabricado na China, mais do que duplicaram naquele país no mês de maio, revelam os dados da agência estatal China Automotive Information Net.
17 de Junho de 2021 às 11:42
As vendas do Model Y, o SUV desportivo da Tesla que é fabricado na fábrica de Xangai, mais do que duplicaram no mês de maio. Nesse mês, os registos deste modelo, que começou a ser vendido na China no arranque do ano, subiram até às 12.785 unidades, contra as 5.520 registadas em abril. Os dados foram revelados pela agência China Automative Information Net e citados pela Bloomberg.
A agência noticiosa nota que, através destes dados, dissipam-se algumas das dúvidas que apontavam para que uma proibição do uso de alguns dos veículos da Tesla na frota governamental, devido a preocupações de segurança, pudesse vir a prejudicar a procura dos elétricos da companhia norte-americana.
Na China, os preços do Model Y arrancam nos 53 mil dólares (cerca de 44 mil euros). Também os registos para o Model 3, um modelo mais acessível, subiram dos 6.429 em abril para os 9.324 em maio.
Em abril, as vendas de veículos elétricos da Tesla na China recuaram devido a constrangimentos nas linhas de produção da fábrica em Xangai. Em março, estas linhas foram suspensas durante cerca de duas semanas, para manutenção e ajustes.
"Assim que o Model Y entrar em produção completa, vamos provavelmente ver um rácio de quase 2 para 1", indicou Tu Le, o managing diretor da consultora Sino Auto Insights, à Bloomberg, referindo-se a um rácio entre o Model Y e Model 3.
Este analista refere que os "consumidores chineses adoram SUV e crossovers. Acho que o Model Y vai sair-se muito bem até ao final deste ano".
Também os dados da China Passenger Car Association, revelados no início deste mês, mostraram que as remessas da Tesla a partir da China animaram em maio, com a empresa a reportar remessas de 33.463 veículos feitos no gigante asiático. Em abril as remessas tinham ficado pelos 25.845 carros.
Problemas de segurança e preocupações com privacidade
A Tesla tem sido confrontada com algumas questões no mercado chinês. A primeira está ligada às preocupações com a segurança dos veículos. A meio de abril, um protesto contra supostos acidentes com modelos da Tesla tornou-se viral em Xangai, situação que poderia beliscar a opinião pública da empresa californiana no país.
Além disso, outro contratempo está ligado ao facto de alguns governos locais e instituições oficiais na China estarem a recomendar aos funcionários que não utilizem veículos da Tesla, indicando que tal pode representar um problema de segurança.
A Bloomberg avançou também que alguns veículos elétricos já foram proibidos em complexos militares e áreas habitacionais, devido a supostas preocupações com os dados que são recolhidos pelas câmaras instaladas nestes veículos. Esta situação levou a Tesla a frisar às autoridades que qualquer tipo de dado recolhido na China é armazenado no país, não sendo enviado para outras localizações.
A China está assistir a um verdadeiro ‘boom’ de veículos elétricos. Com várias empresas chinesas a apostar neste tipo de negócio - a Nio é um dos exemplos - as estimativas para as vendas anuais de veículos elétricos no mercado chinês já foram revistas em alta, passando dos 2,2 milhões para 2,4 milhões de veículos.
A Passenger Car Association estima ainda que os chineses ganhem interesse por veículos de maiores dimensões. A China alterou no final de maio a política de natalidade, permitindo agora aos casais que tenham até três filhos, num esforço para combater os números demográficos mais baixos. Mesmo com os relatos de que o custo de vida continua a ser demasiado elevado para as famílias mais numerosas, esta associação estima que a alteração leve a população chinesa a procurar carros maiores, especialmente no segmento de sete lugares.
A agência noticiosa nota que, através destes dados, dissipam-se algumas das dúvidas que apontavam para que uma proibição do uso de alguns dos veículos da Tesla na frota governamental, devido a preocupações de segurança, pudesse vir a prejudicar a procura dos elétricos da companhia norte-americana.
Em abril, as vendas de veículos elétricos da Tesla na China recuaram devido a constrangimentos nas linhas de produção da fábrica em Xangai. Em março, estas linhas foram suspensas durante cerca de duas semanas, para manutenção e ajustes.
"Assim que o Model Y entrar em produção completa, vamos provavelmente ver um rácio de quase 2 para 1", indicou Tu Le, o managing diretor da consultora Sino Auto Insights, à Bloomberg, referindo-se a um rácio entre o Model Y e Model 3.
Este analista refere que os "consumidores chineses adoram SUV e crossovers. Acho que o Model Y vai sair-se muito bem até ao final deste ano".
Também os dados da China Passenger Car Association, revelados no início deste mês, mostraram que as remessas da Tesla a partir da China animaram em maio, com a empresa a reportar remessas de 33.463 veículos feitos no gigante asiático. Em abril as remessas tinham ficado pelos 25.845 carros.
Problemas de segurança e preocupações com privacidade
A Tesla tem sido confrontada com algumas questões no mercado chinês. A primeira está ligada às preocupações com a segurança dos veículos. A meio de abril, um protesto contra supostos acidentes com modelos da Tesla tornou-se viral em Xangai, situação que poderia beliscar a opinião pública da empresa californiana no país.
Além disso, outro contratempo está ligado ao facto de alguns governos locais e instituições oficiais na China estarem a recomendar aos funcionários que não utilizem veículos da Tesla, indicando que tal pode representar um problema de segurança.
A Bloomberg avançou também que alguns veículos elétricos já foram proibidos em complexos militares e áreas habitacionais, devido a supostas preocupações com os dados que são recolhidos pelas câmaras instaladas nestes veículos. Esta situação levou a Tesla a frisar às autoridades que qualquer tipo de dado recolhido na China é armazenado no país, não sendo enviado para outras localizações.
A China está assistir a um verdadeiro ‘boom’ de veículos elétricos. Com várias empresas chinesas a apostar neste tipo de negócio - a Nio é um dos exemplos - as estimativas para as vendas anuais de veículos elétricos no mercado chinês já foram revistas em alta, passando dos 2,2 milhões para 2,4 milhões de veículos.
A Passenger Car Association estima ainda que os chineses ganhem interesse por veículos de maiores dimensões. A China alterou no final de maio a política de natalidade, permitindo agora aos casais que tenham até três filhos, num esforço para combater os números demográficos mais baixos. Mesmo com os relatos de que o custo de vida continua a ser demasiado elevado para as famílias mais numerosas, esta associação estima que a alteração leve a população chinesa a procurar carros maiores, especialmente no segmento de sete lugares.