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Tesla não renova contrato com 300 trabalhadores na Alemanha

A gigante automóvel decidiu não renovar o contrato de 300 trabalhadores subcontratados da sua fábrica na Alemanha. A decisão surge num contexto de redução de 10% da sua força laboral.

18 de Abril de 2024 às 15:34
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A Tesla decidiu não renovar o contrato de 300 trabalhadores da sua filial na Alemanha. Esta decisão surge no âmbito do plano da empresa para diminuir a sua força laboral em cerca de 10% em todo o mundo, mas um porta-voz alemão da fabricante automóvel fez questão de clarificar à Reuters que "estes não são despedimentos de trabalhadores da Tesla", uma vez que foram subcontratados a outra companhia.

Na sua fábrica em Gruenheide, perto de Berlim, a Tesla emprega cerca de 12 mil e 500 pessoas e foca-se na produção do Model Y para o mercado europeu. De acordo com o mesmo porta-voz, os trabalhadores dispensados já foram transferidos para outros trabalhos no setor, numa altura em que a Tesla tem enfrentado uma diminuição da procura dos seus veículos elétricos.

No primeiro trimestre do ano, as vendas da Tesla desceram 8,5% para cerca de 386 mil veículos, segundo informou a empresa, o que está a fazer com que repense todo o seu plano comercial. De acordo com um relatório da Reuters, a companhia detida pelo bilionário Elon Musk desistiu de construir um veículo elétrico de preço acessível, citando as pequenas margens de lucro que iria obter do mesmo. O plano agora é desenvolver um "robotaxi", no qual a empresa acredita conseguir obter grandes margens.

Musk pede desculpa por indemnizações 


Com o plano de despedimento de mais de 10% da sua força laboral em todo o mundo já em curso, cujo objetivo é reduzir custos e diminuir o que a empresa descreve como duplicação de funções, Elon Musk voltou atrás em algumas das indemnizações que deu aos seus ex-trabalhadores.


De acordo com um email obtido pela Bloomberg enviado aos colaboradores da Tesla, o CEO de empresa pediu desculpa por se ter enganado e ter dado indemnizações demasiado baixas aos trabalhadores com quem rescindiu contrato, uma situação que já está a ser resolvida. "À medida que reorganizamos a Tesla, chegou-me à atenção que algumas das indemnizações são erradamente baixas", conclui no email.

Este é um raro passo atrás dado pelo dono da de gigante automóvel. Musk tem lidado com uma série de processos de antigos executivos da rede social X, antigo Twitter, que pedem compensações adicionais de 128 milhões de dólares. Desde o início do processo de redução de pessoal encetado na Tesla, vários executivos decidiram deixar a empresa. É o caso de Drew Baglino, que já estava na companhia há quase duas décadas, e Rohan Patel, antigo vice-presidente sénior.

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